Sara Norte deixou uma intervenção marcante acerca do tema do aborto, que tem estado na voga ao longo dos tempos mais recentes fruto não só do polémico anúncio de Miguel Milhão, fundador da Prozis, mas também de uma partilha feita pelo influenciador digital Numeiro.

"Discutir a liberdade do aborto é um retrocesso, porque isto já está mais do que decidido há não sei quantos anos", disse a atriz, no 'Passadeira Vermelha', da SIC Caras.

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Posteriormente, fez um relato sobre a sua experiência com o aborto, que fez na juventude. "Aborto vai haver sempre, quer seja feito com condições ou não. Com 18 anos, fiz um aborto ilegal em que estive a passar mal, quase a morrer, porque não era dada às mulheres a opção de escolherem. É melhor ter um filho que depois não és tu a criar? É a liberdade do corpo de uma mulher!”, declarou.

Em jeito de conclusão, afirmou: "Lembro-me de uma altura em que as mulheres iam para clínicas em Espanha fazer [interrupção voluntária da gravidez] e ainda vão. O aborto vai haver sempre, temos é de perceber se é melhor mulheres morrerem por serem feitos por pessoas que estão a explorar a nível monetário ou não. As pessoas passavam mal e morriam com hemorragias, eram feitos por autênticos carniceiros."

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Recorde-se que, em Portugal, a interrupção voluntária da gravidez foi legalizada em 2007, após um referendo feito à população nacional, com 59,25% de votos a favor.