Recentemente, Cristina Ferreira, de 47 anos de idade, esteve no centro da polémica após ter dito que a mulher morta à facada pelo ex-companheiro em Oliveira do Bairro se pôs, de alguma forma, "a jeito" para que o crime acontecesse.

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Depois da apresentadora ter sido arrasada - mais ainda por não ter pedido desculpa pela sua expressão -, o jornalista Luís Osório sai agora em defesa da estrela da TVI, com declarações que prometem adensar a polémica. "É preciso que se diga que teve razão num comentário que quase a condenou ao pelourinho", começou por escrever na sua crónica 'Postalinho'. "É verdade que há mulheres que se põem a jeito para que as tragédias aconteçam."

O jornalista fez questão de justificar o motivo da sua afirmação. "Não por usarem roupas provocantes – era só o que faltava. Não por desejarem impor a sua vontade – era só o que faltava (...) Também não por terem culpa, são absolutamente inocentes. Mas quando um homem é violento, quando desde o primeiro momento é doentiamente possessivo, quando trata a mulher como se fosse sua exclusiva propriedade, quando humilha e maltrata, quando ameaça (...) quando alguém que namora com uma besta quadrada continua a fazê-lo, quando alguém entra no carro de um homem que constantemente a ameaça por achar que nada de mal irá acontecer… desculpa-me, mas está a pôr-se a jeito."

Luís Osório aponta o dedo às mulheres que optam por se manter numa relação abusiva, com plena consciência que esta poderá ter um final muito infeliz. "Não por poder ser cúmplice do crime ou atenuar a bestialidade do cobarde que tem ao lado. Mas por acreditar em quem não merece. Por prolongar situações por achar que tudo será diferente amanhã. Por insistir no erro quando no seu íntimo sabe que a situação a leva a um beco se saída. Não se pode dar segundas oportunidades a pessoas imprestáveis. Um canalha será sempre um canalha, um cobarde será sempre um cobarde, um homem violento será sempre um homem violento."

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A crónica do jornalista foi recebeu várias reações por parte de mulheres, que não concordam com a sua opinião e que condenam a forma fria como Luís Osório aborda a temática.