Estrelas Malato apanhado na rua com famílias que passam fome
José Carlos Malato descobriu sem querer, aos 56 anos de idade, o voluntariado e conta, em exclusivo à 'TV Guia' desta semana, como isso mudou a sua vida. "Foi por acaso que descobri a Cozinha Comunitária de São Domingos de Rana [em Cascais]. Tinha levado o cão ao veterinário e aquilo era ali ao lado. Entrei por curiosidade, falei com o mentor, o Zé Luís Ovelha, um ser humano excecional, que me disse que precisavam de voluntários. Disse-lhe que gostava de ajudar e ele ficou muito contente."
O apresentador da RTP teve o primeiro contacto numa segunda-feira de agosto e, dois dias depois, já estava a aprender a fazer os sacos da ajuda e a preparar a lista das pessoas a ajudar. "Vamos em família – eu, a minha irmã, o meu cunhado e a minha sobrinha, Luísa", explica à mesma revista, adiantando que não resistiu à tentação de dar mais um dia de voluntariado ao único que lhe pediram: "Comecei a ir só às quartas e comecei a ir também às sextas. Neste momento, apoiamos cinco famílias na zona de Tires."
Questionado sobre qual foi o impacto da sua presença junto das pessoas carenciadas, por ser uma figura pública que estavam habituados a ver na televisão, José Carlos Malato mostra-se feliz com o projeto solidário: "Ao princípio, eu ficava no carro e quem levava as refeições quentes era a minha irmã. O primeiro impacto foi bom, as pessoas olhavam para mim e não imaginavam que era o Malato da TV. Não queria que isso fosse ruído na ajuda. Hoje, conhecem-me e criei laços com eles." Um desses laços fortes foi com uma menina pequena. "Tenho uma bebé que gosta muito de bananas. Quando a mãe abre a janela e ela me vê, diz logo: 'Banana, banana'. Derrete-me o coração."
POLÉMICA NAS PRESIDENCIAIS
Amargurado com os resultados eleitorais de André Ventura no País, sobretudo no Alentejo, onde nasceu, a estrela da estação pública, natural de Monforte, abriu o coração, rovoltado: "O Alentejo é uma vergonha. Sente sem memória. Sou lisboeta a partir de hoje."