Estrelas Nunca um 2.º lugar soube tão bem: como a 1.ª Companhia mudou a vida de Diana Chaves e a transformou numa estrela da SIC
O anúncio do regresso da '1.ª Companhia', reality show com temática militar, à antena da TVI no início de 2026, ocupando o espaço deixado vago pelo fim da atual edição da 'Casa dos Segredos', fez com que fossem relembrados os concorrentes das duas "recrutas", como ficaram conhecidas as únicas temporadas do formato, em 2005.
Entre os candidatos da primeira versão do programa estava Diana Chaves. Na altura com 24 anos, trabalhava como 'barmaid', depois de ter sido nadadora de alta competição e era maioritariamente conhecida pelo público pela sua relação com o malogrado ator Rodrigo Menezes. O 'Correio da Manhã' chegou mesmo a noticiar que o seu cachê era o menor entre todos os 15 concorrentes, auferindo dois mil euros por semana, enquanto Alexandre Frota recebia 15 mil euros semanais, o triplo de José Castelo Branco e Nuno Homem de Sá.
Apesar da menor popularidade entre os espectadores ao arranque, Diana Chaves acabaria por conquistar o público, terminando na segunda posição do programa, com 22% dos votos, apenas atrás de Telmo, do primeiro 'Big Brother', antigo militar, que conseguiu 50% dos votos, e superiorizando-se a Valentina Torres (21%) e Vânia (7%) na final do programa conduzido por Júlia Pinheiro e José Pedro Vasconcelos.
O sucesso na '1.ª Companhia' levou a TVI a querer continuar com Diana Chaves no seu ecrã e, por isso, convidou-a para integrar o elenco de 'Morangos com Açúcar' enquanto uma das protagonistas da série de verão da terceira temporada. "Inicialmente, tinha uma participação reduzida, mas as pessoas gostaram e fiquei mais tempo", chegou a contar, à revista 'Dez', do 'Record'. Como se sabe, foi uma experiência que, apesar do sucesso, acabou por deixar uma marca emocional, já que o seu parceiro romântico na novela juvenil, Francisco Adam, o eterno Dino, morreu durante as gravações.
A partir daí, a sua carreira de atriz disparou e o facto de a sua relação com Rodrigo Menezes ter terminado em 2006 não melindrou o seu estatuto de celebridade. Fez parte do lote de atores de mais três produções na TVI, antes da mudança para a SIC, onde se estrearia como apresentadora em 'Salve-se Quem Puder', ao lado de Marco Horácio, continuando paralelamente a surgir em novelas da estação. A possibilidade de enveredar pela apresentação foi aliás um dos motivos avançados à época pela TV Guia para justificar a troca de canal, para além do incremento remuneratório e da possibilidade de figurar em novelas brasileiras, fruto da ligação à Globo, algo que nunca sucedeu.
Quando já há muito dividia em partes iguais as duas facetas da sua carreira, conduziu, em 2018, a primeira temporada do 'Casados à Primeira Vista', seguindo-se 'O Carro do Amor' e, excetuando a sua última incursão nas artes dramáticas em 'Golpe de Sorte', a companheira de César Peixoto acabaria por se tornar numa aposta forte do canal unicamente como apresentadora. Recentemente, à 'Boa Onda' admitiu que o afastamento da representação não transtorna o seu âmago. "Não há saudades. Não sou muito de pensar naquilo que não estou a fazer", afiança.
Foi nesse âmbito que Daniel Oliveira a escolheu como parceira de João Baião para as manhãs do canal, após a saída abrupta de Cristina Ferreira em 2020, continuando na 'Casa Feliz' até hoje. Para além disso, a estrela de 44 anos é a anfitriã de todas as edições do 'Casados à Primeira Vista', estando agora no baralho do diretor da SIC como uma das cartadas mais impactantes da televisão nacional. E esta caminhada foi toda começada como quase anónima no 'reality' da TVI... resta saber se a estação pretenderá, na nova recruta, selecionar um concorrente de análogo desígnio.