Débora Monteiro, de 40 anos de idade, voltou a abrir o coração para falar de alguns dos momentos mais difíceis pelos quais já passou, nomeadamente os tratamentos de fertilidade e também a depressão pós-parto. Mas não só – a crise económica que se abateu sobre as famílias portuguesas durante a pandemia.

A atriz é mãe de Alba e Júlia, duas meninas gémeas de 3 anos, frutos da sua relação com Miguel Mouzinho. A verdade é que, para atingir este sonho, o casal teve de passar pelo inferno dos tratamentos de fertilidade. "É capaz de ter sido o nosso momento mais duro, a nível de casal. Isto porque há quase um horário para estarmos juntos fisicamente, é tudo ao calendário, quase ao minuto. Para a cabeça, isto é horrível", confessou a apresentadora da SIC, acrescentando: "Quando as pessoas estão juntas fisicamente, é pelo prazer do momento. Quando tens de combinar, e sabes que é com um objetivo, torna-se um bocadinho... Sei lá, a pressão é muita. É um processo difícil e muito solitário, porque depois não partilhamos com ninguém. E depois, quando tentas, é a desilusão, se não der..."

Após muitas tentativas, Débora Monteiro descobriu que estava grávida e apercebeu-se de que estava perto de concretizar o seu maior sonho, ainda que tivesse de ter alguma atenção, uma vez que, "há sempre um risco enorme de não evoluir nos primeiros três meses". Quando soube que iria ter gémeos, o rosto da estação de Paço de Arcos sentiu "uma grande emoção": "Foi muito bom, fiquei muito feliz." A gravidez, essa, decorreu durante a quarentena, originada pela Covid-19, e por isso, a atriz ficou fechada em casa. "A melhor altura da minha vida foi durante toda a minha gravidez. Eu estava em paz, estava mesmo calma, tranquila."

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Contudo, a seguir ao nascimento das gémeas, houve outros momentos difíceis. Um mês depois de ter sido mãe, Débora Monteiro viu-se obrigada a voltar ao trabalho, enquanto apresentadora do 'Olhá SIC' e do 'Domingão', dado que, com o marido a trabalhar na área da restauração, "tudo parou": "Não estava a entrar dinheiro nenhum. Não estávamos com dificuldades, mas estava tudo parado." 

Apesar de ter aceitado o convite da SIC, a atriz sabia que poderiam existir consequências: "Foi duro, porque tinha tido uma cesariana. Acho que tive ali uma depressão pós-parto, que não soube gerir." Mais uma realidade dura, "Um ano e tal, dois anos depois de fazer o programa e de estar a fazer a novela ['Flor sem Tempo'], com privação de sono, cansada, acordava às 5h30, houve uma altura que não aguentei mais." Foi precisamente nessa altura que Débora não se sentia feliz, ainda que estivesse a viver o maior sonho da sua vida: "Estava sempre triste. Tenho duas filhas, estava no auge da carreira e estava infeliz. Estava sem emoções. Claro que chegou uma altura que não deu mais."

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