Estrelas O outro lado do sucesso: Juiz Hélder Fráguas repensa futuro à frente de A Sentença pela família e explica os motivos para querer abrandar o ritmo
Desde a estreia que ‘A Sentença’ tem sido um sucesso estrondoso. Um sucesso que transcende o pequeno ecrã e que mudou não só a vida de João Patrício, o apresentador, como a de Hélder Fráguas, de 59 anos, o juiz de serviço. Apesar de já ter alguma experiência em televisão, o causídico nunca havia tido tamanha responsabilidade nem um projeto que o expusesse desta forma.
Um ano e meio depois, o balanço não podia ser mais positivo: “Tem sido uma loucura saudável, até pela exigência de gravações, mas é um programa que me tem dado muito prazer, tenho mesmo aprendido muito”, começa por partilhar em exclusivo com a TV Guia.
Para encarar a dura rotina de gravações, Hélder Fráguas teve que fazer muitas alterações aos seus hábitos. “Inicialmente, tive que forçar-me a ter um ritmo muito exigente, a começar a deitar-me mais cedo do que fazia antes. Sempre precisei de dormir oito horas, mas agora é um dever”, confidencia, não escondendo que é muito organizado e que até tem despertadores no telemóvel para se lembrar de diferentes coisas como... “tomar um café.” “São rotinas que vou adotando, e que não significam de modo nenhum monotonia, mas houve algumas mudanças realmente no meu dia a dia, que hoje já estão bem cimentadas”, insiste.
Algo que também se alterou foi a dificuldade em viajar. “Antigamente fazia quatro viagens por ano: dezembro, fevereiro, na Páscoa e no verão. Este ano ainda não tinha viajado, até deixei caducar o meu passaporte. Mas já o fui renovar”, prossegue. Ainda que tenha um ritmo de trabalho muito exigente, que o faz planear os casos até ao fim de semana, o juiz do programa da TVI não se sente cansado. “No início, sim, até entrar no ritmo”, solta.
Contudo, nos últimos tempos, aquele que é um dos protagonistas de ‘A Sentença’ tem vindo a pensar em mudar a sua vida. Apesar de não considerar deixar o formato num futuro imediato, até porque, neste momento “teria muita pena” se isso acontecesse, não esconde que está com alguns “problemas familiares e profissionais” que o fazem refletir sobre o que quer para si. Um dos principais motivos é o facto de a filha mais velha, Ana, ter emigrado agora para Montreal, no Canadá, com a família.
Se, até maio deste ano, pai e filha viviam a sete minutos de distância, agora estão separados por um oceano. “Ela está a adorar, o marido e a filha também, mas isso agora vai exigir-me ir lá com alguma frequência. Ela ia todos os dias à minha casa deixar a miúda para eu levá-la ao colégio”, recorda, ele que aproveitou as férias que o programa lhe concedeu agora para voar para a América e matar saudades.
Para além deste dilema familiar, também a nível profissional há algo que o faz ponderar todas as opções: “Profissionalmente, neste momento, não tenho uma vida extraprograma, mas qualquer dia terei que regressar e essas questões têm também que ver com a minha idade. Tenho mais 10 anos de vida profissional. E não sou profissional da televisão, não é? Portanto, tenho que aproveitar estes 10 anos, enfim, a fazer aquilo que é estritamente jurídico”, aponta.
Independentemente de tudo, Hélder Fráguas está muito grato por tudo aquilo que a televisão lhe tem trazido de bom, sobretudo o facto de conhecer pessoas que o marcam. Para além de colegas, também na rua e redes sociais recebe muito carinho do público. “As pessoas são sempre muito simpáticas, muito amáveis”, remata.