Em março, sem que nada fizesse esperar, Júlio Magalhães, de 61 anos de idade, foi surpreendido à porta de casa pela Polícia Judiciária, na sequência da Operação Maestro, uma investigação por suspeitas de fraude fiscal qualificada, branqueamento e abuso de poder que lesaram os interesses financeiros da União Europeia e do Estado português que tem como principal visado Manuel Serrão, amigo de longa data e sócio do ex-pivô da TVI, num alegado esquema no valor de quase 39 milhões de euros. 

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De imediato, o pivô da TVI suspendeu as suas funções na estação de Queluz de Baixo, mantendo-se até hoje afastado dos ecrãs. Foi forçado a afastat-se da televisão e do eu seu trabalho na Rádio Observador. Juca - como é carinhosamente tratado pelos amigos - fez as malas, saiu de Lisboa e refugiou-se nos braços da mulher, Manuela, o seu porto de abrigo e companheira de confiança, no Porto. 

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Pouco ou nada se tem sabido do jornalista. A sua única e última aparição pública foi a 13 de abril, quando marcou presença no Festival Lev – Literatura em Viagem, que teve lugar na Biblioteca Florbela Espanca, em Matosinhos. Discreto, Juca mostrou estar a fazer um esforço para retomar as rotinas, depois de a ‘Operação Maestro’ lhe ter virado a vida do avesso, mas a vedade é que desde então nunca mais se ouviu falar do pivô. 

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No final de maio, houve desenvolvimentos sobre a investigação em curso.  De acordo com declarações do advogado de Júlio Magalhães à SIC, o ex-jornalista da TVI ainda não foi ouvido nem constituído arguido. Desta forma, Juca continua sem saber o que o futuro lhe reserva e por mais quanto tempo será obrigado a manter-se afastado do público e da televisão.