1. As perguntas são várias, na redação da TVI, e fazem todas sentido, depois de a ‘TV Guia’ ter revelado, em exclusivo, na semana passada, que José Eduardo Moniz tinha decidido avançar com um estudo de mercado na área da Informação, o calcanhar de Aquiles da estação, para melhor tentar perceber o que se passa, e como agir o mais rápido possível, uma vez que os jornais, tanto das 13:00 como das 20:00, perdem sempre para a SIC – dia após dia, aliás, o seu adversário direto é a RTP1.

"Que revolução vem aí?"; "As duplas serão para manter?"; "Não faz sentido voltar a ser só um jornalista a dar as notícias?"; "Sandra Felgueiras, com inúmeras provas na investigação, tem perfil para pivô?"; "Ana Sofia Cardoso, que brilha na CNN Portugal, não merece mais?"; "A imagem de José Alberto Carvalho mantém-se incólume?"; "Que notícias gostava de ver às 13:00 ou às 20:00?"; "Qual a postura a adotar, agressiva ou clean?"; "É hora de mostrar o País real e enfrentar o poder, ou é preferível fazer fretes a uma minoria?"; ou ainda "quem ‘vende’ hoje na TV e pode ganhar espectadores, seja no ‘TVI Jornal’ ou no ‘Jornal Nacional’, de modo a roubar audiências aos rivais?"

A estas perguntas estão a responder muitos portugueses, neste momento, contactados por uma empresa de estudos de mercados, para o diretor-geral da TVI tomar medidas na Informação, após ter arrumado a casa nas áreas do Entretenimento e da Ficção. Afinal, alguma coisa não vai bem aqui, quando a estação dá notícias exclusivas e pouco ou nada mexe...

2. Os números de ‘Conta-Me como Foi’ são desastrosos. No sábado, a série da RTP1 só prendeu ao ecrã 285 mil espectadores – à mesma hora, a SIC andava à volta dos 600 mil, e a TVI, dos 500 mil. Mas esqueçamos as audiências, que é o que menos importa aqui, pois é hora de destacar nesta obra de ficção, que estreou em 2007, Miguel Guilherme e Rita Blanco. Os dois, a interpretarem António e Margarida, são de outra galáxia. Que os miúdos que andam aí a brincar ao faz de conta saibam ver o que é ser um ator a sério.