Foi uma das maiores machadadas na vida familiar do ator Luís Aleluia, o eterno "Menino Tonecas" que, aos 63 anos, pôs termo à vida no passado dia 23 de junho, no interior de uma garagem que possuia em Monte Abraão, Queluz, Sintra. Em 2013, quando nada fazia prever, uma familiar muito próxima da mulher do malogrado ator desviou várias dezenas de milhares de euros do negócio de roupa para pessoas que têm excesso de peso.

Casados há 17 anos, quando os factos ocorreram, o casal levou um forte abanão na relação e, desde então, Luís Aleluia tornou-se mais previdente na escolha dos seus colaboradores. Na cidade de Setúbal, onde a Flash! falou com vários comerciantes, a história é conhecida de todos e por todos comentada à boca pequena, até porque a familiar de Zita continua a viver e a trabalhar na cidade sadina e numa área de grande exposição pública, tendo a sua cara em cartazes de venda imobiliária.

1/9 - Foto : Bruno Colaço/ Cofina Media Missa de Luís Aleluia

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AS VIDA DURA... QUE O FEZ PERDER A CABEÇA

Segundo o padre Acílio Cruz Fernandes, o mentor da Casa do Gaiato de Setúbal durante quase 60 anos, revelou em entrevista à revista 'TV Guia', muitas são as histórias de dor e sofrimento que poderão justificar que Luís Aleluia tenha decidido pôr termo à vida. Começa logo por, aos 9 anos, ter sido entregue pela avó, que ficou a tomar conta dele, à instituição religiosa. Sentiu-se abandonado.

O pai de Aleluia morreu tuberculoso quando o futuro ator ainda era criança, anos depois de os pais se terem separado. A mãe decidiu refazer a vida conjugal ao lado de um homem que a agredia e que, por extensão, batia também em Luís, principalmente quando estava alcoolizado.

Foi na Casa do Gaiato que aprendeu disciplina, um rumo para a vida e descobriu a paixão pelo teatro. Foi ainda pré-adolescente que recitou o 'Poema do Sol', de Alberto Caeiro, um dos heterónimos de Fernando Pessoa, foi ovacionado de pé durante cinco minutos pela plateia do Cineteatro Império, em Lisboa. E assim nasceu a paixão pelos palcos e pelas palmas.

O mesmo homem de Deus adiantou à mesma publicação que, por volta dos 16 anos, Luís Aleluia foi "caçado" na rede ilegal de angariação de jovens para serem acompanhantes sexuais de mulheres estrangeiras solteiras que viviam em pensões e hotéis de Lisboa, tendo o adolescente Luís Aleluia entrado nessa rede, como acompanhante, uma história também nunca revelada pelo próprio em vida.