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Zé Maria, 20 anos depois
Zé Maria

Estrelas Zé Maria, 20 anos depois

30 de Setembro de 2022 às 06:00
Com um País embriagado por um programa que revolucionava a televisão ao dar lugar a anónimos e os transformar em estrelas de um momento para o outro, Zé Maria não chegou para as solicitações, foi engolido por quem quis ganhar dinheiro à sua custa, não aguentou o brilho, tantas vezes nocivo, das luzes. Afinal, ele só queria voltar a ser o que era: o rapaz simples de Barrancos, o "bom miúdo" que amava a natureza.

A história de Zé Maria, o alentejano simples, que um dia decidiu concorrer, na sua ingenuidade, ao programa de que se falava, o 'Big Brother', pronto a estrear em Portugal, sucesso um pouco por todo o mundo, dava um livro. Ou uma série, daquelas que hoje em dia faz sucesso no streaming. Porque é uma história extraordinária. Foi a sua inocência que cativou os espectadores do programa, há 22 anos. Foi descobrirem nele a delicadeza, a simpatia, o olhar real, a forma desconcertante de falar e de ser sincero, foi isso que lhe deu os votos, a vitória e um prémio de 100 mil euros.

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Dinheiro que não lhe trouxe a felicidade. Com um País embriagado por um programa que revolucionava a televisão ao dar lugar a anónimos e os transformar em estrelas de um momento para o outro, Zé Maria não chegou para as solicitações, foi engolido por quem quis ganhar dinheiro à sua custa, não aguentou o brilho, tantas vezes nocivo, das luzes. Afinal, ele só queria voltar a ser o que era: o rapaz simples de Barrancos, o "bom miúdo" que amava a natureza – quando isso ainda não era moda, era simplesmente verdadeiro – e as pessoas como ele e só queria sorrir, na sua tranquilidade de bom alentejano, sem pressas, sem fantochadas.

Conseguiu, felizmente, embora só depois de muito esforço. Vinte anos depois, a '

foi a Barrancos para estar com Zé Maria e encontrou o tal rapaz de sempre, agora um homem. Continua tudo igual por ali: a vida pacata, sem pressas, o trabalho para sustentar o dia a dia, os amigos e a família nos locais do costume. Zé Maria resgatou o que necessitava: voltar a ser uma pessoa como as outras, sem o peso da televisão e de ali aparecer.

Enquanto ouvia o relato da reportagem não consegui deixar de pensar numa outra história, que encontrei um destes dias numa storieda rede social Instagram: Ângelo Rodrigues, o ator, que renasceu depois de ter estado à beira da morte, viajou para o Nepal onde vive, sem dinheiro sem luxos, num templo budista. Ali ninguém o conhece. E Ângelo quis provar isso: na talperguntava a várias pessoas qual era o seu nome. Claro que ninguém sabia. Ângelo conseguiu o mesmo que Zé Maria: apagar os holofotes. Com uma diferença: um ainda sente necessidade de o provar na internet, o outro nem disso quer saber. A ambos, uma vénia.

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