Estrelas As cartas, a empatia pelos irmãos e o ultraje da advogada: todos os destaques da manhã de julgamento entre Joana Marques e os Anjos

No desenrolar da sessão desta sexta-feira do julgamento contra os Anjos, Joana Marques foi alvo de várias questões e aproveitou para fazer uma revelação: dizendo qual a reação que teve quando recebeu a carta

"A primeira carta que recebi dizia que o vídeo lesava a honra de Nelson e Sérgio. Não concordei e aleguei a minha liberdade de expressão", declarou, segundo o relato do 'Observador', explicando que nessa correspondência havia ainda um apelo a que o vídeo fosse apagado, em conjugação com um pedido de desculpas.

"Numa segunda carta disseram que iam avançar para tribunal… Calculo que seja por isso que estamos aqui", frisou Joana Marques, ao seu estilo, ela que desvalorizou, já que era "algo semelhante" àquilo que recebia "sempre que alguém é alvo de sátira e não gosta".

Por outro lado, a voz do 'Extremamente Desagradável' diz ainda empatizar com os comentários de ódio de que o duo foi alvo. "Sou empática com o que se passa aqui, como pessoa que recebe comentários de ódio, sei que não é agradável. Lamento que tenham sofrido isso, mas não acho que tenha sido a minha publicação a gerar uma onda de ódio", disse, segundo o 'Público'.

"Não me lembro de ver, na minha página, sobre essa publicação, ameaças de morte ou coisas do género. Não vi nada muito diferente do que normalmente vejo. Há comentários desagradáveis, mas dizer que assassinaram a música não é um comentário grave", afiançou.

De resto, destaque ainda para dois outros momentos. Primeiramente, quando Joana Marques refere que se tornou claro que "há dois entendimentos diferentes do humor", de acordo com o 'Observador'.

Ademais, relembrou quando foi inquirida sobre se era positiva uma comparação com Maria Leal, alegando que os Anjos olham para o "humor como desconsideração". Mais tarde, revelaria que, para si, os seus limites do humor são aqueles que estão previstos na lei.

Para além disso, a advogada dos Anjos deixou uma consideração contundente ao facto de ter sido o hino nacional o tema escolhido para o vídeo satírico, aludindo à montagem. "Ter deturpado a letra do hino é uma violação. Um ultraje", referiu, ainda de acordo com o 'Observador', tendo a juíza interrompido, relevando que "no humor, nada é sagrado. Tudo é criticável". "Provavelmente, uma versão diferente da música Perdoa dos Anjos não teria tanto interesse", adiu Joana.

Refira-se que ainda nesta sexta-feira, pelas 14 horas, terão lugar as alegações finais.