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Catarina Maia
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Estrelas Destroçada pela morte do pai, Catarina Maia revela mensagem que ainda ouve repetidamente e relata como ajudou a família antes do regresso ao trabalho

20 de Novembro de 2025 às 17:38
Ex-repórter do The Voice Portugal viveu momento de inqualificável dor aos 25 anos e admite que ainda está a tentar lidar com a nova realidade

Catarina Maia atravessou um dos momentos mais complicados da sua vida em fevereiro, aquando da morte do seu pai, aos 54 anos, não tendo escondido a enorme tristeza que sentia. O impacto da perda do progenitor levou a que a jovem, que foi repórter do 'The Voice Portugal', da RTP1, parasse temporariamente o seu trabalho e regressasse ao Porto para viver com a mãe e com o irmão, que tem trissomia 21.

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Volvidos nove meses, a radialista da Mega Hits relatou o turbilhão de sentimentos que a vão invadindo nos últimos tempos e como tem lidado com a vida após  a perda de um dos maiores pilares da sua vida. "Acho que vou parando agora cada vez mais, pela fase que estou a passar, pela morte do meu pai ter acontecido. Agora, todos os momentos bons são realmente bons porque tudo o resto está mau", começou por dizer, no podcast 'Aqui Entre Nós', acrescentando: "Não sei se consigo aproveitar os momentos bons. Ainda é tão embrionário que nunca nada é tão feliz quanto foi antes e por isso estou nesse processo, porque nunca mais me senti tão feliz. Na minha cabeça, nunca mais me vou sentir tão feliz quanto quando a presença do meu pai existia neste mundo."

Ainda asim, reconhece: "Gosto de sentir que, quando estou feliz, de alguma forma, isso tem mão dele. Isso faz sentir-me bem. (...) Ainda estou num momento em que penso que não me quero casar nem ter filhos porque o meu pai não vai estar lá. É um processo que sei que provavelmente não vai ficar aqui, vai evoluir, mas é um pensamento automático de haver certas coisas que só me fariam sentido com ele. É uma coisa que imagino a minha vida toda de certa forma, de repente quebra ali e é difícil imaginar doutra forma. Sei lá, a minha felicidade só me faz sentido quando partilhada com os meus e foi assim a minha vida toda. É difícil pensar em concretizar certas coisas sem poder partilhar com ele."

Há, todavia, algo que mantém Catarina Maia ligada ao pai, um presente do apresentador Luís Pinheiro: "Tudo aquilo que vivi foi sozinha em Lisboa. Eu estava habituada a fazer o primeiro ‘The Voice’ e voltar para casa e estar sozinha e festejar sozinha, mas nunca sozinha porque sabia que eles estavam lá. Posso partilhar que ouço muitas vezes um áudio que o meu pai me deixou no ano passado no aniversário que até é público, foi na altura para a Mega Hits que um amigo meu, o Luís Pinheiro, me deu o melhor presente de aniversário para o resto da minha vida toda."

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"Curiosamente, o meu pai nessa mensagem diz: ‘Lembra-te que estamos sempre por perto mais do que imaginas. Amo-te muito.’ Ouço aquilo repetidamente e convenço-me todos os dias que ele está perto. Mais do que imagino, ele está cá. E isso é muito importante porque todas as coisas que tenho vivido, quero imaginar que ele está", descreve, audivelmente emocionada.

"O meu pai nessa mensagem diz: ‘Lembra-te que estamos sempre por perto mais do que imaginas. Amo-te muito.’ Ouço aquilo repetidamente"

catarina maia

Questionada sobre se se permitiu receber colo da família nesta fase delicada, Catarina Maia confessou: "Sou uma pessoa difícil de me permitir dar colo, porque acho sempre que de alguma forma sozinha vou conseguir amparar os meus. A minha preocupação era se a minha mãe e o meu irmão estavam bem e se precisavam de alguma coisa. Estava ali mais nesse foco e nas coisas burocráticas que é, quando isto acontece, que são uma chatice e um peso gigante e estava mais focada nisso do que dar colo a mim própria, mas tenho o maior colo do mundo que é o da minha mãe e do meu irmão, que não há palavras."

A jovem agradeceu ainda a toda a sua envolvência familiar e profissional por concederem tempo para lidar com todos os fatores que surgiram a partir desta eventualidade: "Nunca me senti com tanta força na vida nem tão invencível quanto agora, porque perdes o medo a muita coisa. Neste momento sinto que me pode acontecer tudo, porque o pior da vida já me aconteceu e sinto-me muito grata pela família e pelos amigos que tenho. Até profissionalmente, foi me dado um colo muito grande por parte da minha agência que foi ‘parou tudo’. Nem sabíamos o que ia acontecer.

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Catarina Maia com o pai
Catarina Maia, família
Catarina Maia, pai
Catarina Maia, pai

"Foi do género, neste momento vou parar de trabalhar, seja por um ou dois anos, seja o que for, vou parar. Por parte da RTP e da rádio igualmente grata. Não consigo conceber a ideia de estar a trabalhar numa empresa das nove às cinco e de repente ter cinco dias de licença e ter de voltar para um trabalho e para este mundo real e o choque que é. Atenção, eu não tive um dia, porque tive de ficar a gerir a empresa do meu pai. Não tive sequer um dia. Mas é diferente, o meu mundo parou e o meu foco era que o mundo da minha família ficasse saudável", relatou.

"Atenção, eu não tive um dia, porque tive de ficar a gerir a empresa do meu pai. Não tive sequer um dia."

catarina maia

Por fim, acabou por regressar a Lisboa e reatar a vida que tinha antes da morte do pai, ainda que revele ter ficado reticente em fazê-lo: "Sentei-me com a minha mãe e disse que estava a precisar de voltar. O Porto já não estava a fazer-me assim tão bem, o meu trabalho é aqui e eu tinha muito medo, já estava parada há cerca de cinco meses. Não estava em Lisboa e sentia muita falta, até psicologicamente, de ter o meu espaço. Vivi seis anos sozinha, voltei para casa dos meus pais durante meio ano e sem o pai, estava a mexer muito comigo, mas também não queria deixar a minha mãe e o meu irmão."

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