Estrelas Destroçada pela morte do pai, Catarina Maia revela mensagem que ainda ouve repetidamente e relata como ajudou a família antes do regresso ao trabalho
Catarina Maia atravessou um dos momentos mais complicados da sua vida em fevereiro, aquando da morte do seu pai, aos 54 anos, não tendo escondido a enorme tristeza que sentia. O impacto da perda do progenitor levou a que a jovem, que foi repórter do 'The Voice Portugal', da RTP1, parasse temporariamente o seu trabalho e regressasse ao Porto para viver com a mãe e com o irmão, que tem trissomia 21.
Volvidos nove meses, a radialista da Mega Hits relatou o turbilhão de sentimentos que a vão invadindo nos últimos tempos e como tem lidado com a vida após a perda de um dos maiores pilares da sua vida. "Acho que vou parando agora cada vez mais, pela fase que estou a passar, pela morte do meu pai ter acontecido. Agora, todos os momentos bons são realmente bons porque tudo o resto está mau", começou por dizer, no podcast 'Aqui Entre Nós', acrescentando: "Não sei se consigo aproveitar os momentos bons. Ainda é tão embrionário que nunca nada é tão feliz quanto foi antes e por isso estou nesse processo, porque nunca mais me senti tão feliz. Na minha cabeça, nunca mais me vou sentir tão feliz quanto quando a presença do meu pai existia neste mundo."
Ainda asim, reconhece: "Gosto de sentir que, quando estou feliz, de alguma forma, isso tem mão dele. Isso faz sentir-me bem. (...) Ainda estou num momento em que penso que não me quero casar nem ter filhos porque o meu pai não vai estar lá. É um processo que sei que provavelmente não vai ficar aqui, vai evoluir, mas é um pensamento automático de haver certas coisas que só me fariam sentido com ele. É uma coisa que imagino a minha vida toda de certa forma, de repente quebra ali e é difícil imaginar doutra forma. Sei lá, a minha felicidade só me faz sentido quando partilhada com os meus e foi assim a minha vida toda. É difícil pensar em concretizar certas coisas sem poder partilhar com ele."
Há, todavia, algo que mantém Catarina Maia ligada ao pai, um presente do apresentador Luís Pinheiro: "Tudo aquilo que vivi foi sozinha em Lisboa. Eu estava habituada a fazer o primeiro ‘The Voice’ e voltar para casa e estar sozinha e festejar sozinha, mas nunca sozinha porque sabia que eles estavam lá. Posso partilhar que ouço muitas vezes um áudio que o meu pai me deixou no ano passado no aniversário que até é público, foi na altura para a Mega Hits que um amigo meu, o Luís Pinheiro, me deu o melhor presente de aniversário para o resto da minha vida toda."
"Curiosamente, o meu pai nessa mensagem diz: ‘Lembra-te que estamos sempre por perto mais do que imaginas. Amo-te muito.’ Ouço aquilo repetidamente e convenço-me todos os dias que ele está perto. Mais do que imagino, ele está cá. E isso é muito importante porque todas as coisas que tenho vivido, quero imaginar que ele está", descreve, audivelmente emocionada.
"O meu pai nessa mensagem diz: ‘Lembra-te que estamos sempre por perto mais do que imaginas. Amo-te muito.’ Ouço aquilo repetidamente"
Questionada sobre se se permitiu receber colo da família nesta fase delicada, Catarina Maia confessou: "Sou uma pessoa difícil de me permitir dar colo, porque acho sempre que de alguma forma sozinha vou conseguir amparar os meus. A minha preocupação era se a minha mãe e o meu irmão estavam bem e se precisavam de alguma coisa. Estava ali mais nesse foco e nas coisas burocráticas que é, quando isto acontece, que são uma chatice e um peso gigante e estava mais focada nisso do que dar colo a mim própria, mas tenho o maior colo do mundo que é o da minha mãe e do meu irmão, que não há palavras."
A jovem agradeceu ainda a toda a sua envolvência familiar e profissional por concederem tempo para lidar com todos os fatores que surgiram a partir desta eventualidade: "Nunca me senti com tanta força na vida nem tão invencível quanto agora, porque perdes o medo a muita coisa. Neste momento sinto que me pode acontecer tudo, porque o pior da vida já me aconteceu e sinto-me muito grata pela família e pelos amigos que tenho. Até profissionalmente, foi me dado um colo muito grande por parte da minha agência que foi ‘parou tudo’. Nem sabíamos o que ia acontecer.
"Foi do género, neste momento vou parar de trabalhar, seja por um ou dois anos, seja o que for, vou parar. Por parte da RTP e da rádio igualmente grata. Não consigo conceber a ideia de estar a trabalhar numa empresa das nove às cinco e de repente ter cinco dias de licença e ter de voltar para um trabalho e para este mundo real e o choque que é. Atenção, eu não tive um dia, porque tive de ficar a gerir a empresa do meu pai. Não tive sequer um dia. Mas é diferente, o meu mundo parou e o meu foco era que o mundo da minha família ficasse saudável", relatou.
"Atenção, eu não tive um dia, porque tive de ficar a gerir a empresa do meu pai. Não tive sequer um dia."
Por fim, acabou por regressar a Lisboa e reatar a vida que tinha antes da morte do pai, ainda que revele ter ficado reticente em fazê-lo: "Sentei-me com a minha mãe e disse que estava a precisar de voltar. O Porto já não estava a fazer-me assim tão bem, o meu trabalho é aqui e eu tinha muito medo, já estava parada há cerca de cinco meses. Não estava em Lisboa e sentia muita falta, até psicologicamente, de ter o meu espaço. Vivi seis anos sozinha, voltei para casa dos meus pais durante meio ano e sem o pai, estava a mexer muito comigo, mas também não queria deixar a minha mãe e o meu irmão."
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