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Cláudia Nayara
Cláudia Nayara

Estrelas Marcada pela morte da filha. Cláudia Nayara recusa fazer funeral e doa órgãos

30 de Julho de 2024 às 20:35
A cantora perdeu Samanta durante a gravidez, naquele que diz ter sido o momento mais complicado da sua vida

Cláudia Nayara, de 34 anos de idade, relatou na noite desta segunda-feira na casa do 'Dilema', da TVI, aquele que foi o momento mais difícil da sua vida: a perda da filha Samanta aos sete meses e meio de gravidez, por ter engravidado sem saber durante um período em que tomava medicação para a tuberculose, através de um parto de mais de 30 horas, no qual tinha uma probabilidade esmagadora de também ela ficar sem vida.

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"Em 2018, quando fiquei grávida da Samanta, já tinha quatro meses e meio a bater quase nos cinco, entrei no hospital Júlio Dinis no Porto, e disseram-me que eu estava grávida e o meu sonho foi sempre aos 29 anos ser mãe, então de uma menina. A alegria foi muita, tanto para mim como para o Bruno [Andrade, ex-namorado], que era o pai. (…) Em 2018, eu tenho a melhor notícia deste mundo até ao momento que apanho um médico decente no hospital e mete a máquina em cima da minha barriga e diz que a minha filha não podia nascer. A dor maior foi a injecção que deram na minha barriga para ela falecer, porque senti mesmo a barriga a cair, foi o maior pesadelo da minha vida. Não há ninguém que tenha passado por esta dor e que entenda, só eu sei a dor que tive e passei. (…) Só sei que se a minha filha fosse viva teria o melhor pai do mundo", referiu a cantora, deixando os colegas emocionados.

Em entrevistas televisivas no passado, a empresária havia adiantado mais detalhes acerca deste momento de profunda infelicidade. "Havia malformação nos cromossomas. Tive um parto horrível. (…) Assinei uma declaração, era para ficar juntamente com a minha filha, não era para estar aqui. (…) Claro que quero voltar a ser mãe", descreveu ao programa 'Manhã CM', da CMTV, em janeiro de 2022, com a cara lavada em lágrimas.

Mais tarde nesse ano, em novembro, teve um momento de profunda emoção também com Cláudio Ramos no 'Dois às 10'. "O médico diz-me que a Samanta tem trissomia 21, que nem era isso, nem trissomia 13, mas sim os cromossomas mal-formados. (...) Acho que passa tudo pela cabeça a partir do momento em que perco a minha filha, quando fui para casa e me retiraram as coisas todas do quarto da menina não era eu, eu parei de cantar, parei de ser eu. A dor é muito grande", disse Cláudia Nayara.

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"O parto foi horrível, porque me dizem que eu tive 97% de probabilidade de acontecer a morte dela e a minha também. Tinha 3% de vida. A pior dor nem foi no parto, foi quando fui chamada para uma sala à parte e me dizem que vão ter de dar a injeção para ela falecer. Eu sentia a minha filha todos os dias, era ela que me acordava para tomar a insulina. (…) Não tinha força para mais, nem sei onde fui ganhar força para ir para casa. Dão me a injeção e depois venho para casa, a coisa pior que senti no momento foi quando a barriga descai, porque ela faleceu. Nunca mais me passou esse sentimento. Sabes aquela pessoa que vês muito sorridente, ‘o palhaço do circo’, e depois tens aquela dor em ti", desenvolveu.

Cláudia Nayara conta também que não quis fazer o funeral da filha e que pretendeu doar os órgãos para outras crianças em necessidade: "O médico virou-se para mim e disse-me para fazermos o funeral da Samanta. Eu disse que não, porque a partir do momento em que dão a injeção para ela falecer a alma já está lá em cima. Estamos com um corpo morto cá em baixo, por mais doloroso que seja, é a realidade. Por isso, eu disse que não, a minha filha vai para outras crianças, para quem precisa de um pulmão, um coração. Se me perguntares se foi difícil? Foi mais do que isso. O Bruno viu a minha filha, eu não. Não voltaria a ser mãe. Mas dou os parabéns ao Bruno por tê-la visto. Eu arrependo-me por vezes, imagino-a. Mal eu sobrevivo, o Bruno diz-me ‘A menina tinha uns lábios mesmo bonitos, as mãos, os pés… Agora, não fiques triste, porque a cabeça estava muito mal formada, mas eu vi, e essa imagem fica para todo o sempre.' Aí é que pensei que queria ter visto, mas não consegui."

"Eu disse que não queria fazer o funeral, porque a partir do momento em que dão a injeção para ela falecer a alma já está lá em cima."

CLÁUDIA NAYARA
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