Estrelas António Capelo alvo de acusações graves de assédio por parte de alunos: ator já reagiu com queixa-crime
António Capelo, ator de novelas como 'Cacau', 'Paixão' ou 'Na Corda Bamba', está a ser alvo de acusações de assédio por parte de antigos alunos: o ator de 69 anos terá alegadamente enviado mensagens a estes estudantes através das redes sociais e nas salas de aula da Academia Contemporânea do Espetáculo Escola de Artes – Teatro do Bolhão, no Porto, da qual foi um dos fundadores. "És gay?", "Falta de sexo" e "Queres vir?" são exemplos delineados nas denúncias que têm sido avançadas em páginas online por vários ativistas.
Nos registos, António Capelo é acusado de enviar mensagens de forma persistente, reforçando a comunicação mesmo após não obter resposta, em espaços temporais diferentes. De acordo com o 'Notícias ao Minuto', alguns destes estudantes desvendam que este tema foi até tema de apostas entre estudantes sobre quem seria o escolhido por este professor. Inês Marinho, conhecida ativista por trás do movimento 'Não Partilhes' mostrou ainda várias imagens relativas a este caso.
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Se, por um lado, a ACE assegura nunca ter sido contactada sobre estas queixas, por outro, o Bloco de Esquerda, partido com o qual António Capelo já colaborou, confirmou, através de um comunicado emitido nesta terça-feira, ter recebido, na última semana, o "relato presencial de atos muito graves cometidos por este professor de Teatro" por parte de um indivíduo eleito local do partido e antigo aluno do ator.
Nesta quarta-feira, António Capelo reagiu, em declarações também ao 'Notícias ao Minuto', após estas acusações, informando que já moveu uma "queixa-crime contra uma página anónima no Instagram" e que se encontra a aguardar "o desenrolar dos acontecimentos". Alega ainda ter sido "alvo de acusações anónimas e difamatórias", que põem em causa a sua "honra, vida profissional e até vida privada".
Depois, acrescentou: "Não me revejo em práticas de denúncia anónima nem em linchamentos públicos, que em nada contribuem para a justiça ou para a verdade." Por fim, alegou: "A minha conduta sempre se pautou pela exigência profissional, pelo respeito e pelo cuidado com os alunos. Gestos de proximidade, de afeto ou de apoio — como abraços, empréstimos de livros, partilha de refeições ou acolhimento em momentos de necessidade — nunca tiveram outro propósito se- não o de educar, apoiar e formar seres humanos e profissionais."