Casa dos Segredos Da miséria a euromilionário. A história de superação da família de Diogo Afonso, que ficou sem nada após tragédia na Madeira
Diogo Afonso, de 24 anos de idade, foi o primeiro expulso na última gala da 'Casa dos Segredos'. O concorrente da Madeira partilhou então o segredo com que entrou no reality show da TVI. "A minha família ganhou o Euromilhões". Era um dos segredos que mais gerava curiosidade aos telespectadores do programa. Mas mais surpreendente foi a história de superação contada por Diogo, após a sua expulsão.
O ex-concorrente relatou, em estúdio, que a fortuna surgiu depois da pior fase da família, com o fenómeno natural que arrasou a ilha e fez 47 mortos: "Foi o meu avô. Ele, em 2010, participava numa sociedade com 20 pessoas, eles jogavam, e o meu avô teve a sorte de ganhar. Não sei se as pessoas se recordam, mas em 2010 houve as enxurradas na Madeira e na altura o meu avô ficou sem o trabalho, sem a casa e sem os carros. Ficou basicamente sem nada."
"Ele era pasteleiro, tinha a sua fábrica – que agora é a fábrica do meu pai, porque a reestruturámos. Ficou sem nada, a casa ficou aos pedaços basicamente. Ele e a minha avó foram viver com a minha tia uns seis meses. Passados esses seis meses, em novembro, sai o prémio. Pareceu uma dádiva", acrescentou, revelando ainda que também lhe tocou parte do prémio: "A primeira coisa que o meu avô fez ao prémio foi dividi-lo pelos filhos e pelos netos."
"Na altura, o meu avô ficou sem o trabalho, sem a casa e sem os carros"
Por fim, revelou que o futuro poderá passar por dar continuidade à fábrica de bolos da família: "A parte de fazer [os bolos] se calhar não é para mim, mas quero muito continuar a fábrica e estou a tirar Gestão também para ajudar os meus pais nisso e quero elevar a fábrica."
Refira-se que a sociedade de 20 madeirenses, onde estava o avô de Diogo Afonso, venceu o jackpot de 45,3 milhões de euros. Segundo notícias da época da agência lusa, a proprietária da papelaria onde foi registado o boletim vencedor, este grupo de apostadores costumava fazer 30 boletins com seis apostas, 15 números e cinco estrelas, num total de 360 euros, ou seja, 18 euros por pessoa. Para além do primeiro prémio, registaram ainda um segundo prémio (436 mil euros) e outros prémios menores, arrecadando cerca de 2,6 milhões de euros por pessoa.
Esta sorte chegou mesmo a ser mencionada por Alberto João Jardim, na altura presidente do Governo Regional da Madeira: "Foi a minha alegria de hoje. Estou feliz como se me tivesse saído a mim."