Luís Montenegro, de 50 anos de idade, mostrou o seu lado mais humano e pessoal, na SIC, e abriu também a porta a questões mais do foro da vida privada. Falou pouco da mulher, Carla Neto, apenas elogiando o esforço que esta fez para criar os dois filhos do casal, hoje com 22 e 18 anos.

Filho de pais com raízes transmontanas e durienses, o líder do PSD e da AD não se cansa de elogiar o pai e o irmão mais velho, que já partiram, o primeiro com 66 anos e o segundo aos 45. “Gostava muito que o meu pai estivesse aqui ao meu lado. E gostava que o meu irmão não tivesse tido a fatalidade que teve”, contou a Daniel Oliveira, em 'Alta Definição', recordando a história dramática de um salvamento que chegou tarde após um ataque cardíaco.

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O advogado reconheceu que a família sofre com o facto de ser político e de ter exposição pública, logo ele que é um homem bastante contido nas emoções: “Tenho esse defeito, nem sempre expresso às pessoas, e em particular às que trabalham comigo, os meus sentimentos mais positivos. Não é por não sentir. É por forma de ser. Tenho muito orgulho na amizade e no amor que os meus filhos têm um pelo outro. Os meus filhos, tal como a minha mulher, no íntimo deles, preferiam que eu não estivesse na vida política. Não tenho dúvida, mas eles não me dizem isso. Só mesmo o amor familiar e toda a relação de fraternidade que temos uns com os outros lhes permite conviver com uma vida que é desafiante, por um lado, e ingrata pelo outro. É mais difícil e duro ser familiar de político, sem dúvida.”

Apesar das acusações de que circunstancialmente é alvo na imprensa, Luís Montenegro mostra-se de consciência tranquila. “Durmo bem. Estou sempre muito tranquilo e não tenho telefone desligado. Estou seguro do que estou a fazer, não tenho nenhuma perturbação”, disse, ele que, nos seus tempos de juventude, tinha a alcunha de “ervilha” e se apaixonou por Carla, que era “uma das miúdas do voleibol”. Ex-nadador-salvador na praia de Espinho, a sua terra natal, o líder da AD jura que, aos 50 anos, prática de desporto é coisa que não lhe falta: “Passo horas na praia a jogar vólei de praia. Jogo Padel com os meus filhos e ainda hoje lhes ganho, em qualquer dessas modalidades.”

Era inevitável Daniel Oliveira perguntar a Luís Montenegro o que gosta de fazer nas horas vagas, cada vez mais curtas. E ele respondeu: “Quando não estou na política, vejo séries. Agora só vejo minisséries. Fui ver o concerto dos Coldplay, foi uma coisa espetacular. Os U2 também, gosto de ir incógnito. Não sou um homem das redes sociais. Não troco uma rede social por um amigo físico ou por um convívio familiar.”

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