Estrelas Insultos, ameaças e agressões. Frederica Lima relata momentos intensos de pânico com Nuno Homem de Sá
Frederica Lima fez um relato horripilante dos momentos que experienciou na relação com Nuno Homem de Sá, ex-companheiro que agora acusa de violência doméstica.
"Eu fui muito apaixonada, não pela besta que eu vi e que relembro. Olhe, não sei, acreditei no amor, fui burra", começou por dizer, visivelmente emocionada, no 'Jornal da Noite', da SIC. Depois, relembra o primeiro momento em que diz ter sido alvo da violência do ator: "O primeiro episódio foi ele bater-me com uma porta na cara e eu ter ido atrás dele. Fui, ele bateu com uma outra porta na cara. Portanto, ele saiu da sala, bate com a porta da sala, passa a cozinha toda, bate com a porta da cozinha e eu vou atrás dele a pensar 'mas que falta de respeito'. E quando ele me vai a fechar a porta do escritório, pus a mão e disse: 'Olha, precisas de apanhar ar, precisas de respirar fundo, precisas de um tempo para ires pensar noutra coisa qualquer, estás à vontade, não me voltas a fechar a porta na cara”. Rapidamente, isolou-me ali naquela bolha, era eu e ele, e havia entre o Nuno agressivo e o Nuno que se fazia de vítima de abandono."
De seguida, denuncia um comportamento que se tornaria recorrente: "Ele entrava no quarto às três ou quatro da manhã, acendia as luzes todas, batia com as portas todas, acordava-me, que eu estava a deitar-me entre as 11 e a meia-noite, na pior das hipóteses, e ele fazia de propósito para me acordar para ter relações sexuais."
"É complicado falar disto, mas eu não entendia qual era a lógica de estares a querer – forçar é um termo forte para aqui, porque acabou por acontecer de facto – mas qual a ideia? Sabes que eu tenho de acordar cedo no dia a seguir. Ele fez isto durante a semana toda. Cedi uma vez, cedi duas e chegou a um ponto em que disse 'não quero, acabou'. E ele passou-se: 'Tens outro!'", refere Frederica Lima.
Mas a agressividade não ficaria por aqui, segundo diz: "Esta conversa do 'tens outro' e 'tens alguém'... Mandei mensagem para mim própria a dizer qualquer coisa como: 'Não sei quê, livrinhos de cartão'. Conforme eu estou a escrever isso para mim e envio, dá-me um chapadão e começa a dizer: 'Estás a falar com um gajo, p*** do c******'. Eu estava tranquila, porque sabia que não estava a fazer nada de mal. Peguei no telefone e até fiz questão de lhe mostrar que estava a mandar uma mensagem para mim. Burra, eu não tinha de justificar nada."
Frederica Lima continuou: "Mostrei-lhe aquilo, ele deu-me outro chapadão e dá um pontapé na perna, mas um pontapé com força. Aí, fiquei completamente em choque e com receio porque toda a expressão dele, apesar de só estarmos com a luz da mesa de cabeceira, e ser tudo muito rápido, eu: 'Espera aí, um pontapé? Mas estás bêbado, estás drogado, estás-te a passar ou quê?'. Ele volta a mandar um pontapé mesmo com cara de raiva. Mas isto foi tudo em segundos."
O relato prosseguiu: "Eu levantei-me a correr para ir acender a luz do quarto, para olhar bem para ele, porque nem estava a acreditar que aquilo estava a acontecer. Ele levanta-se a correr, atira-me tudo o que tem à mão, foi almofadas, foi o outro telemóvel, e vem lançado na minha direção. A imagem que eu mais tenho dele é exatamente desse momento em que ele tinha imensa força, deu-me um encontrão contra a parede e eu nem ar tinha, estava a olhar para ele completamente em pânico, a tentar respirar, e, de repente, ele faz como se fosse um sorriso de 'estás com medo'. Mas sem dizer, ele não disse nada disto, mas com um prazer...":
Por fim, lamentou: "Foi das coisas mais psicopatas que eu presenciei. Ele estava satisfeito, claramente, por estar finalmente a conseguir assustar-me e eu garanto-lhe que estava completamente à rasca. Ele é uma pessoa que eu tenho a certeza que se ele me ficasse ali a dar socos, ele dava-me 20 socos, se fosse preciso esmagava-me a cabeça e só depois é que pensava: 'Olha, fiz isto. Olha, já foi.'"