Estrelas Nuno Borges, o novo herói do ténis que tem como ídolo o namorado de Cristina Ferreira e se assume "mimado"
Nuno Borges, de 27 anos de idade, colocou o seu nome nas capais de jornais ao bater Rafael Nadal, neste domingo, 22, na final do ATP da Suécia, em Bastad, conquistando assim o seu primeiro troféu num torneio ATP.
O maiato começou a jogar ténis com apenas seis anos, mas, garantiu no podcast 'Glória', em maio, que foi apenas por diversão, tendo a oportunidade surgido porque lhe era conveniente e não por o pai "ter tido alguma visão". Teve uma infãncia feliz e, enquanto filho único, afirma ser um pouco "mimado". Nunca deixou, todavia, de estudar e completou o ensino secundário na Maia.
Foi com 16 anos, quando começou a ganhar campeonatos regionais e o primeiro campeonato a nível nacional, que iniciou a olhar para a modalidade como algo sério, apesar de, no passado, ter praticado uma miríade de atividades, desde desportos como natação e futebol, a aulas de guitarra, abdicando de tudo isto para continuar a jogar.
Rumou, em 2015, aos Estados Unidos para estudar cinesiologia, ciência que estuda os movimentos do corpo, na Mississippi State University especializando-se em Fisiologia do Exercício Clínico, algo que conciliava com o ténis. Na verdade, admite: "Não me via a fazer isso, fui para isso numa introdução para fisioterapia ou preparação física, mas no fundo não me vejo a continuar os estudos, mas sim a jogar."
Regressou a Portugal quatro anos mais tarde, pouco depois de se ter sagrado vice-campeão nacional universitário nos Estados Unidos, e começou a trilhar um percurso vitorioso. Em 2019, estreou-se em torneios ATP. Em 2021, disse, acerca de uma entrada no top 100: "Sinto que é possível chegar, não necessariamente para o ano, mas daqui a uns anos." Objetivo alcançado precisamente no ano seguinte. E, já em 2024, conseguiu o feito de ser o primeiro português a chegar aos oitavos-de-final do Open da Austrália, onde foi eliminado por Daniil Medvedev, na altura n.º3 do ranking.
"Tenho cada vez mais ido pelo presente, o próximo jogo, nada mais importa"
No mesmo podcast, foi questionado quais os adversários que mais temia. Os nomes não surpreenderam: Djokovic, na Austrália, Federer, em Wimbledon, e, o primeiro que listou, Nadal, em Roland Garros. "Uma que é dada no mundo do ténis é Rafael Nadal em Roland Garros à melhor de 5 sets. É muito difícil ganhar-lhe um set. Pode não estar na melhor forma física neste momento, mas é aquele duelo titânico, que sabemos que temos uma parede que vai devolver tudo", disse. Mal sabia que somente dois meses depois estaria precisamente a derrotar o maiorquino (vitória nos dois 'sets' por 6-3 e 6-2). É certo que não em Roland Garros, nem à melhor de cinco, mas em terra batida – piso favorito de Nadal – o suficiente para deixar o mundo do ténis rendido às suas capacidades.
Em jeito de curiosidade, Nuno Borges confessou ter uma referência, não João Sousa nem Gastão Elias ou Frederico Gil, mas sim João Monteiro – esse mesmo, o que agora surge como destaque noutro tipo de campos, por ser o namorado de Cristina Ferreira. Ao site 'Raquetc', deixou rasgados elogios ao ex-tenista que foi bicampeão nacional: "O João veio trazer uma revolução para Portugal. Muita gente tinha a ideia de que quem vai para lá acaba por deixar, o que aconteceu muitas vezes. Acho que as pessoas desvalorizam um pouco o nível a que se joga lá e que os jogadores estão lá a sério, não para brincar."
Por fim, revela como está a encarar o seu percurso: "Tenho cada vez mais ido pelo presente, o próximo jogo, nada mais importa, e tem ajudado muito pensar. Nos jogos, tento não pensar muito no que vai acontecer no fim, só no próximo set."