Estrelas O mistério para o qual nunca houve uma resposta. Zé do Pipo desapareceu há mais de sete anos: as últimas horas do cantor pimba, que nunca mais apareceu
O seu nome é Nuno Batista, mas todos os conhecim por Zé do Pipo, uma das figuras mais emblemáticas da música 'pimba' em Portugal e que foi também o rosto de um dos maiores mistérios em Portugal nos últimos anos.
O cantor desapareceu na madrugada de dia 6 de novembro de 2018, com apenas 40 anos de idade. Sete anos se passaram e nunca houve uma resposta que desse este caso como fechado. O mistério permanece e, apesar da família aceditar que este se atirou ao mar na praia do Porto da Areia, em Peniche - onde o seu veículo foi encontrado - as incógnitas permanecem na cabeça daqueles que mais o amavam.
Mas há factos que são irrefutáveis. Zé do Pipo sofria de uma depressão crónica, tendo-lhe sido diagnosticada bipolaridade. Este diagnóstico fez com que o médico o tivesse preparada para o fim daquilo que mais amava: a vida de espetáculos.
Quem o acompanhava de perto afirma que o cantor não aceitou de ânimo leve esta transformação de vida e o desligar de uma das suas maiore paixões: cantar.
A TV Guia acompanhou dia após dia esta luta para descobrir o paradeiro de Nuno Batista. Sabemos que no dia 5 de novembro falou com a mulher, Celeste, pela última vez à 14 horas, avisando-a que iria a um estabelecimento bancário, nunca mais ninguém o avistaria. Nem aí, nem depois: já que o corpo nunca apareceu.
Alguns pontos de interrogação surgiram após quando, como a TV Guia revelou, o seu carro foi vendido pela mulher pouco depois do desaparecimento numa conhecida plataforma de comércio eletrónico, tal como o computador, para fazer face às dificuldades financeiras que esta atravessava.
Zé do Pipo tinha dois filhos. O mais velho, David, tinha 16 aquando da tragédia, sendo agora já maior de idade. Recebeu uma mensagem de encorajamento por parte do pai no Instagram pouco antes do seu desaparecimento: "Estás um rapaz lindo, filho, mas mais importante do que isso, tenho imenso orgulho no homem em que te estás a tornar. Tens todas as qualidades para ser feliz. Nunca te percas." Já o mais novo, Gabriel, tinha somente três anos na altura. O avô, passado um ano desse fatal mês de novembro, relatou, à 'Nova Gente', como ajudou o petiz a lidar com a ausência do artista: "O pequenino, no princípio e agora, ainda fala quando está aqui em casa. Nós dizemos que o pai é uma estrelinha que está lá em cima no céu, e ele, à noite, olha para lá e diz que está lá a estrelinha. E diz ‘tchau, adeus, até amanhã’. Agora, vai com o tempo."
Volvidos mais de sete anos, parece cada vez mais que as respostas a uma das histórias mais bizarras que surgiram em Portugal nunca irão aparecer, mesmo depois das reconstituições levadas a cabo pelas autoridades.