Estrelas Sem filtros! As declarações polémicas de José Rodrigues dos Santos que envolvem Putin e Trump
José Rodrigues dos Santos lançou recentemente o livro 'O Protocolo Caos', e explica, em entrevista à TV Guia, quais os temas abordados nesta obra e como encontram reflexo no mundo real, nomeadamente nas questões mais prementes da geopolítica e política internacional do momento, como a eleição de Donald Trump e o conflito na Ucrânia.
"O romance explica o que se passa na Rússia, qual é o raciocínio imperial que têm. Quais são os seus projetos, a forma como nos querem dominar, como querem destruir o Ocidente e como estão a usar as redes sociais para o fazer e a usar os cavalos de Troia. Trump é um deles, mas têm outra gente espalhados pela Europa a fazer esse trabalho. Normalmente são movimentos nacionalistas ou socialistas. Tudo o que sejam movimentos antiliberais que não queiram a democracia", explicou o pivô da RTP1.
Questionado sober se existe um financiamento direto, é contundente: "Sim, claro". Depois, explica: "Quando se vê os partidos a dizerem que não podemos alimentar a guerra na Ucrânia e que isso é uma loucura, alguém lhes está a pagar para dizerem isso. O raciocínio, quando nós o testamos não é consistente."
Já sobre se partidos como o Chega ou o Bloco de Esquerda, por terem um posicionamento acerca do conflito russo-ucraniano por alguns visto como análogo ao exposto acima, poderão ser financiados sobre estes regimes, José Rodrigues dos Santos refere: "Não é descabido que alguns desses partidos, e não quero falar de nenhum em especial, sejam financiados. Basta ver como votam nos parlamentos nacionais ou no europeu e percebe-se logo quem está alinhado a receber ordens de Moscovo. Nem todos estes movimentos estão às ordens de Moscovo, muitos deles estão efetivamente. Basta ver como é que votam para perceber este raciocínio."
O jornalista vai mais longe e aponta os métodos utilizados: "Há uma guerra de desinformação, mudando a cabeça das pessoas usando a inteligência artificial para o fazer, como o romance explica. Eles identificam como cada pessoa pensa e depois manipulam esse pensamento. (...) Eles usam várias estratégias. Onde há divisões sociais e étnicas, raciais, onde há tensões exacerbam-nas o mais possível."
José Rodrigues dos Santos vai mais longe e apresenta a sua teoria sobre como alguns movimentos relativos ao desejo de independência de regiões em relação a potências estarão ligados ao poder russo: "Eles trabalham em todos os países. Claro que Portugal é menos interessante porque tem pouca gente e é pouco importante Agora a Alemanha, França, Holanda, Inglaterra, mesmo a Espanha está a ser trabalhada. Os movimentos independentistas espanhóis, como o da Catalunha são uma operação russa. Tal como o movimento independentista da Escócia. Onde podem provocar divisão e caos e enfraquecer o inimigo – e eles definem o Ocidente como sendo ‘O Inimigo’ –, tudo o que é destrutivo, eles encorajam."
"Onde podem provocar divisão e caos e enfraquecer o inimigo, tudo o que é destrutivo, eles encorajam"
"É [um problema] mais sério porque eles têm o seu homem em Washington e ele vai retirar o guarda-chuva da NATO à Europa. Li uma notícia que dizia que o exército português tem menos de quatro mil praças. Isso são os números dos que morrem na Ucrânia num dia de combate. Os nossos arsenais são de vitrina. Os nossos Leopard, 80% estão inoperacionais, segundo li. E quando estamos numa situação destas vê-se a fragilidade. O romance explica o desafio que temos pela frente", conclui.