Estrelas Basta de incompetência

03 de Fevereiro de 2018 às 07:00
SIC e RTP vivem dias difíceis. A primeira não tem soluções para o lugar do polémico 'Supernanny'; e a segunda prepara uma nova administração... que, como se sabe, por vezes, não passa pelo mérito.

1. O programa de entretenimento com mais audiências na SIC nos últimos anos, que conseguiu  bater, inclusive, um da rival TVI (MasterChef Júnior), chegou ao fim, com apenas dois episódios transmitidos. Após vários avisos de que 'Supernanny' ultrapassava todos os níveis de decência com crianças, os seus responsáveis acabaram por decidir retirá-lo da grelha, na sexta-feira, 26. Recordo que o caso não é insólito: já no Verão de 2015, a estação viu-se obrigada a cancelar 'Golfinhos com as Estrelas', devido a um parecer do Instituto Nacional de Conservação da Natureza. Pergunto: depois de mais uma prova de que falta alguém com noção da realidade em Carnaxide, quem paga esta factura elevada dos restantes episódios gravados?

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Sem nada para transmitir aos domingos à noite no lugar de 'Supernanny', neste momento, a não ser novelas, como 'Paixão' e 'Espelho d’Água', deixo outra questão: ninguém previu que isto pudesse acontecer e preparou um plano B? Ainda outra pergunta: o que andam a fazer na SIC Luís Proença, Gabriela Sobral, Júlia Pinheiro, Daniel Oliveira ou Francisco Pedro Balsemão?

2. Nuno Artur Silva acabou finalmente por cair da administração da RTP, na quinta-feira, dia 25, após a polémica dos negócios pouco transparentes entre a estação pública e a sua produtora, com o Canal Q metido pelo meio, denunciados pela 'TV Guia' a 5 de Janeiro. Se na última edição escrevi aqui que o nosso país era uma brincadeira pegada, por ninguém colocar um ponto final neste mar sem fim de suspeitas, hoje não retiro uma letra do que disse. É que, mal se soube da decisão, logo surgiram as primeiras movimentações dos que ambicionam chegar àquela cadeira de sonho – os mesmos de sempre e, claro, pelos canais do costume. Que os interesses da empresa, para a qual nós pagamos (e bem), não venham a ser novamente prejudicados pelo poder político.

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