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Casa dos Segredos 'Casa dos Segredos'. Afonso Leitão conta tudo: a ligação ao grupo neonazi, a paixão por Jéssica e os traumas da vida militar que não esquece

04 de Novembro de 2024 às 15:46
Ex-militar abre o coração sobre tudo o que passou dentro e fora da casa
Texto Hugo Alves

Afonso Leitão foi o concorrente expulso da 'Casa dos Segredos' e, mal chegou cá fora soube através do irmão do escândalo montado em torno da sua página de Instagram. Tudo porque havia escrito '1143' na sua biografia da rede social (número associado a um grupo neonazi). Chocado, por acharem pertencer a um grupo de extrema direita, o jovem garantiu que esse argumento nem sequer faz sentido. "Não faço parte de qualquer grupo nesse sentido. Apenas escrevi aquilo porque é a data de formação de Portugal. Podia ter posto 5 de Outubro. Quis ser original mas já percebi que não correu bem", explicou o ex-paraquedista que assegurou "não ter qualquer associação a um grupo nazi".

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Isso nega... mas  não a sua paixão a Jéssica Vieira. Assegura que o sentimento é verdadeiro: "Estou apaixonado", garante o ex-militar passando a elogiar aquela que quer se venha a tornar sua namorada. "Ela é uma mulher de ideias fixas, que me faz pensar, e que me complementa de alguma maneira", explica o jovem. Contudo, quando ouve que muita gente não acredita neste romance e que asseguram que só se aproximou da jovem para se manter no programa, fica chocado. "Não é verdade. Estou apaixonado. Não foi amor à primeira vista, porque quando olhei para ela na primeira vez, na entrada da casa, estava tão nervoso que acho que nem lhe prestei atenção", explica.

"Tínhamos que lidar (com a morte) como se não fosse nada. Não nos podia afectar na missão"

Afonso Leitão

"Mas acho que vamos continuar cá fora," diz ele garantindo que não vai ouvir bocas nem os comentadores quanto a este assunto. "Nós é que vamos decidir se vamos continuar ou não. Mas acho que vamos ficar juntos", diz ele. Quanto à acusação de que tentou entregar o seu segredo à amada, garante que não o fez. "Quando falavam em dançar dizia que só podia ser eu, para que pensassem que era exactamente o contrário. Para os tentar desviar e acho que consegui. Nunca disse que era eu ou algo parecido".

"Nós (eu e a Jéssica) é que vamos decidir se vamos continuar (juntos) ou não. Mas acho que vamos ficar"

Afonso Leitão
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Afonso Leitão antes de ser militar dançou ballet. A paixão começou aos 8 anos, e nos quatro seguintes foi o que fez. Chegou a dançar no conservatório "dos 10 aos 12 anos" conta. "Gostava de me fazer em frente ao espelho a dançar. Era muito feliz", conta Afonso, que viu o sonho descarrilar por ter seguido as pegadas do irmão no futebol. "Ai não correu tão bem. Acabei no rugby".

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Apesar de gostar de dançar, garante que não se voltará a entregar a esta área.  "O meu corpo não permite e os professores não iam gostar", diz a rir. "Gosto muito de dançar e na altura ajudou-me muito. Os meus pais estavam a separar-se e acabou por ser um refúgio. Ocupava-me a cabeça e disciplinava-me. Isso foi muito bom... até porque segui a vida militar".

Essa também já terminou entretanto. Afonso Leitão garante que não foi por causa da 'Casa dos Segredos', mas porque "ia acontecer". Contudo guarda boas recordações dos tempos em que foi paraquedista nos últimos quatro anos. "Foi uma boa experiência". Até a dura tarefa de fazer parte da missão à República Centro Africana, como boina azul. "Fui pela ONU", recorda. Apesar de ter gostado foi ai que teve o mais duro embate com a realidade. "A deles é completamente diferente da nossa. A pobreza extrema, a falta de condições de vida, a falta de electricidade e água potável... mexeu muito comigo. Mas também me fez crescer. Porque via pessoas que com pouco que conseguim assim ser felizes", recorda.

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"O ballet ocupava-me a cabeça (na separação dos meus pais) e disciplinava-me. Isso foi muito bom...até porque segui a vida militar"

Afonso leitão

O pior de tudo foi o embate com a morte. Sem entrar em detalhes, o ex-militar revela que ele e os camaradas foram sendo "preparados". "Tinhamos que lidar como se não fosse nada. Não nos podia afetar durante a missão". Certo é que quando voltou a Portugal e, apesar de dizer que não precisou de acompanhamento psicológico, teve alguns traumas. "Foi uma grande diferença. Não conseguia estar em espaços com muita gente. Fazia-me confusão. Mas depois fui-me habituando". 


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