Estrelas Traumatizado com separação dos pais, Nuno Homem de Sá confessa anos de violência: "Era uma fera, uma besta selvagem"
A separação dos pais – a par com a morte do pai – foi uma das maiores tragédias na vida de Nuno Homem de Sá. "Um momento duríssimo", confirma o ator de 59 anos de idade.
Este episódio acabou por marcá-lo de forma brutal. Durante anos, Nuno Homem de Sá encontrou na violência um escape para a falta de amor e de "colo" que sentia em casa. A mãe mudou-se para a casa de férias da família no Estoril, Nuno ficou a viver com o pai em Lisboa. Um trauma que apenas ficou resolvido aos 30 anos.
"O meu pai é que era o ausente, mesmo vivendo com ele. Era um homem de trabalho: saía de manhã, voltava à noite. Ainda não havia creches, nem era normal porem-se os meninos de ‘bem’ nas creches. Era uma coisa assim para as classes mais baixas. Eu levei com esse número e nunca vesti a camisola, porque estava toda rota. Nunca me identifiquei com essa treta de que as pessoas de boas famílias são diferentes. Sejam boas ou más, já vi tanta porcaria onde se diz que são boas famílias e coisas incríveis em famílias humildes", recordou em entrevista à 'TV Guia'.
"Só processei isso aos 30 anos. Abafei, para fazer papel de forte e passei meia vida destroçado por dentro. Era uma pessoa revoltada por dentro. Sabia comportar-me e fazer tudo direitinho, com boa educação, como os meus pais me ensinaram. Mas depois saía à rua com os amigos e era uma fera, uma besta selvagem", recorda.
Os episódios diários de pancadaria eram uma forma de Nuno Homem de Sá exteriorizar a revolta que sentia por dentro. A violência era direcionada aos homens. "Andava todos os dias aleatoriamente à pancada com homens. A minha revolta direcionada ao macho alfa dominante em casa virou-se para os da rua. (...) Da cidade inteira. Lisboa era nossa", assume.
Protetor com as amigas, Nuno Homem de Sá reagia assim que havia um piropo um gesto inapropriado. "Andávamos sempre juntos e ia levá-las a casa a seguir ao liceu. Depois havia um ou dois malandrões que gostavam de mandar bocas ou mesmo de tocar e a malta aí tocava-lhes nas trombas... e com muito gosto [risos]."
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E o Nuno, não?
Pois, mas só processei isso aos 30 anos. Abafei, para fazer papel de forte e passei meia vida destroçado por dentro.
Como é que isso o afetou e condicionou?
Era uma pessoa revoltada por dentro. Sabia comportar-me e fazer tudo direitinho, com boa educação, como os meus pais me ensinaram. Mas depois saía à rua com os amigos e era uma fera, uma besta selvagem.
O que fazia?
Andava todos os dias aleatoriamente à pancada com homens. A minha revolta direcionada ao macho alfa dominante em casa virou-se para os da rua.
Alguma vez enfrentou o seu pai?
Tínhamos algumas discussões, mas nada de mais. Já sabia que, no fim, vinham as lições, as dissertações de moral e cidadania, que demoravam horas, e queria evitar isso. Depois, vingava-me na rua.
Na malta do bairro?
Não, da cidade inteira! Lisboa era nossa.
Ia com os amigos em bando pela cidade?
Com amigos e amigas. Eu era muito protetor das minhas amigas. Andávamos sempre juntos e ia levá-las a casa a seguir ao liceu. Depois havia um ou dois malandrões que gostavam de mandar bocas ou mesmo de tocar e a malta aí tocava-lhes nas trombas... e com muito gosto [risos].
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