Estrelas A carta de Alexandra Lencastre que está a deixar os colegas emocionados
Alexandra Lencastre, de 57 anos de idade, escreveu uma carta, que pode ser lida na 'TV Guia' desta semana, com vários pedidos para 2023, onde expõe as várias debilidades do meio artístico e dos seus colegas, que se emocionaram com as suas palavras. "Os anos não têm sido particularmente bons para a cultura portuguesa. Sim, têm-se feito grandes projetos e criado trabalhos fantásticos. Temos peças que esgotam. Mas continuamos com um défice de projetos para o número de pessoas, de atores, de grandes profissionais que temos no mercado", começa por defender a atriz da SIC.
Na rubrica da revista, 'Varanda da Esperança', a diva pede, por isso, esperança. "A vós – aos atores, aos encenadores, aos técnicos, figurinistas, aos assistentes, a todos. Que 2023 nos traga mais trabalho, mais projetos, mais teatro, mais cinema. Mais televisão também. A vida de um artista não se preenche só com aquilo que ganha financeiramente. Ou acredito que muitos de nós optariam por mudar de profissão. Também se preenche com o reconhecimento, com a autoconfiança, com o palco, como se diz na gíria. Se tivermos uma pessoa a bater palmas ao nosso trabalho, o nosso dia já valeu a pena. Somos a companhia de tantos, na televisão, no teatro, no cinema, no circo, em concertos ou mesmo em bares ou discotecas. Fazemos rir, chorar. Passamos um sem-número de emoções que, de certa forma, nos preenchem. E que preenchem o público também."
Alexandra Lencastre admite, na carta que escreve, que os agentes da cultura são "muitas vezes postos de lado". "Pelas mais variadas razões. Uns porque envelhecem, outros porque são substituídos por alguém fisicamente mais atrativo, outros porque têm mau feitio, outros porque são altos, outros porque são baixos… Enfim!!! Acho que me entendem. Somos todos facilmente substituídos e postos de lado. Eu tenho a sorte de ter tido sempre trabalho, outros há que não.
A eterna sensual atriz, que podemos ver na novela 'Por Ti', recorda que os atores sobem ao palco "doentes, de luto, tristes". "Damos tudo o que o público espera de nós. E somos muitas vezes criticados sem motivo. Temos tão bons profissionais em Portugal. E temos bons técnicos. E temos boas companhias de teatro. E temos tão bons teatros. Faltam condições que teimam em não aparecer. Esperança. A todos os meus colegas. Tenham esperança. Porque a vida vos vai sorrir! O mote que aqui vos deixo é só este: não esqueçam os artistas. Eles também não se esquecem de vocês!"