Estrelas As crises de Sara Norte desde que saiu da prisão: afastada da representação, atriz voltou a ter de procurar trabalho fora dos ecrãs
Sara Norte, de 39 anos de idade, causou surpresa nesta semana ao pedir aos fãs que a ajudassem a encontrar um trabalho "em restauração ou como administrativa", tendo, horas mais tarde, revelado já ter encontrado uma oportunidade: "Já consegui arranjar trabalho e começo para a semana."
A comentadora do 'Passadeira Vermelha', da SIC Caras, há muito que tem falado da escassez de oportunidades enquanto atriz, a sua ocupação principal. "Eu não quero tirar o lugar a ninguém, eu só quero é ter o meu lugar e ter as mesmas oportunidades que outras pessoas", chegou a dizer, no programa de comentário social.
Efetivamente, Sara Norte tem sido presença pouco frequente no ecrã nos últimos anos. Esteve no elenco nas novelas da SIC, 'Golpe de Sorte', em 2021, e 'Lua de Mel', em 2022, tendo ainda participado em seis episódios da minissérie 'O Crime do Padre Amaro' e figurado em dois episódios de 'Cavalos de Corrida'.
Não é, contudo, a primeira circunstância, em que as chances não abundavam, algo que já levara a intérprete a preencher o currículo noutros setores profissionais, nomeadamente depois de ter saído da prisão espanhola onde esteve 486 dias após ser condenada por tráfico de droga.
Apesar de até ter conseguido regressar ao teatro e à televisão, através da novela 'Os Nossos Dias', da RTP1, pouco depois, Sara Norte relembrou, recentemente, que não foi fácil voltar ao ativo, como disse na Renascença: "Não é fácil porque as pessoas olham-te sempre de forma estranha, és uma ex-presidiária e quando entregas currículos… eu tenho muita sorte mas há pessoas que não têm essa sorte de ter uma segunda oportunidade. As pessoas podem mudar (…) não sou nenhuma santa mas há coisas que mudei na minha vida."
"Não é fácil porque as pessoas olham-te sempre de forma estranha"
De facto, logo depois de ser libertada, foi gestora de um restaurante em Setúbal, que durou apenas dois meses. "A distância de Lisboa era muita e insustentável a longo prazo", descreveu, nas redes sociais. Já em 2019, falou das ocupações que já tinha exercido para compensar os buracos na agenda. "Quando não me chamam sou diretora comercial de uma empresa, com muito orgulho. E antes disto, eu estive a trabalhar como marinheira", frisou, à 'VIP'.
Mais recentemente, foi a pandemia que limitou as ofertas que recebia. "Tive um ano de 2019 muito bom, sempre a trabalhar. E depois chegou 2020 e parou tudo. E depois a minha irmã morreu e eu comecei a ficar em casa, a pensar muito, e quando estamos muito tempo a pensar raramente dá bom resultado", relatou, à 'NiT'.
Nessa mesma entrevista, contou que procurou trabalho no IEFP, tendo conseguido uma bolsa para trabalhar nas escolas como auxiliar. De seguida, começou a trabalhar como empregada de mesa, num restaurante de praia, na Cova do Vapor. "Ali sou confrontada com uma realidade em que as pessoas têm problemas — e toda a gente tem na vida — em que as pessoas estão a receber um ordenado mínimo, basicamente, e vão sempre com uma alegria e pouco se queixam", disse.