Custódia Gallego é, para sempre, uma mãe enlutada. Em entrevista ao 'Alta Definição', a atroz, que perdeu Baltazar em 2018, vítima de cancro, admite que ainda hoje tem dificuldade em "aceitar a realidade" de ter perdido o filho, de apenas 31 anos, como de resto teve quando o filho lhe foi diagnosticado um cancro. "Eu gritei com a médica quando ela me disse para me preparar para o pior quando ele estava em coma induzdo"

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Para tentar apaziguar a dor, regressou ao trabalho. Desafiada na altura a fazer uma peça e uma novela, a atriz atirou-se de cabeça. Mas as suas reações nem sempre eram as melhores quando os colegas a tentavam consolar nos dias mais complicados. "Fui violenta para com as pessoas mais próximas", recorda. "A Maria João Abreu coitadinha....tentou amenizar a minha perda e eu fui violenta com palavras com ela. Todos os que tentavam minimizar... eu era violenta", contou.

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De resto na altura fazia-lhe confusão que houvesse felicidade ao "meu redor. Era muito doloroso". Contudo e com o passar do tempo a atriz de 66 anos teve "que aceitar a realidade" porque "era de facto real o que tinha acontecido". "Tive que aceitar". Para isso ajudaram não só os colegas com quem trabalhava mas os amigos do filho Baltazar. "Estar com eles fazia-me bem".

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Sete anos depois desta grande perda, Custódia Gallego continua a garantir que lhe roubaram o filho e que foi "muito injusto" este ter partido com apenas 31 anos. "A morte do meu filho está sempre presente. Sinto que tenho buracos", conta a atriz de 'A Promessa' que se teve que obrigar "a continuar a viver". "Obriguei-me a ter que continuar em frente"