Adérito Lopes, de 45 anos de idade, foi vítima de uma brutal agressão na terça-feira, dia 10, à porta do teatro 'A Barraca', em Lisboa, por um grupo de extrema-direita.

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Depois da agente ter afirmado que o ator estava "em casa a recuperar" e bastante "assustado". Agora foi o próprio artista quem quebrou o silêncio. Através de um comunicado afirma ter sofrido "um cruel e brutal ato de violência", mas confia na justiça para resolver o caso.

"No passado dia 10, data em que me preparava para exercer o meu ofício – neste caso, representando a figura maior da nossa literatura, Luís Vaz de Camões –, na minha chegada ao teatro, fui absolutamente surpreendido por um cruel e brutal ato de violência, totalmente gratuito, sem que da minha parte tivesse havido qualquer ação em relação à pessoa do agressor ou em relação a qualquer outra pessoa ali presente", começou por descrever o artista. 

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No entanto, este não quer "prejudicar a investigação", e por isso não falará mais sobre o ataque, somente o fará "em sede própria". "A minha posição não é motivada por medo, mas pelo facto de entender que é à justiça que cabe resolver este assunto e também por não querer transformar este incidente num trampolim publicitário ou numa oportunidade mediática a favor do agressor e/ou de grupo de que alegadamente fará parte", justificou."Entendo que este vil ataque de que fui vítima tem de ser exemplarmente investigado e punido pela justiça, em homenagem a princípios constitucionalmente consagrados, como o do direito à integridade pessoal, aplicáveis a todos os cidadãos do nosso país", conclui o ator. 

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Depois do ataque, Adérito Lopes teve que ser assistido por bombeiros e foi levado para o hospital de São José, em Lisboa, onde permaneceu em observação até às 02:00.