Estrelas Está a barraca armada. Realizador arrasa Daniel Oliveira e José Eduardo Moniz: “Isto é ridículo, triste e injusto”
As escolhas de elencos para as diferentes novelas da televisão em Portugal voltam a estar debaixo de fogo. Tudo porque esta segunda-feira, 3 de março, Vicente Alves do Ó, conceituado realizador no nosso país partilhou uma dura reflexão sobre o tema na sua página na rede social Instagram.
Para o cineasta, responsável por filmes como Florbela ou Golpe de Sol, entre muitos outros, José Eduardo Moniz e Daniel Oliveira “deviam ser proibidos de fazer os elencos das novelas.” “Isto dura há anos e está cada vez pior”, começa por acusar.
"Daniel Oliveira e José Eduardo Moniz deviam ser proibidos de fazer os elencos das novelas"
Vicente Alves do Ó usa como exemplo uma das famílias de A Herança, novela de sucesso da SIC, constituída por Tiago Felizardo, Mariana Monteiro e Joana Aguiar. “Na novela são pai, mãe e filha. As idades reais dos atores são, respetivamente, 35, 36 e 26. Ou seja, os pais foram progenitores da pequena aos 11 e 10. A questão que se coloca é: porquê? Porque é que continuam a fazer isto?! Porque é possível ser mãe aos 10?! Não”, indigna-se.
Na opinião do cineasta esta “ideia desesperada reside a última tentativa das televisões resgatarem os telespectadores que nos últimos 10 anos abandonaram as generalistas.” “É nisso que elas acreditam. Ou seja, escolhem-se atores e fazem-se elencos, com base nos seguidores de Instagram e derivados. É isso que importa. Mais nada”, acusa. E ainda completa: “Isto porque, numa situação normal ou mais real, uma rapariga de 26 anos (como neste caso) teria uma mãe de 50... 55 anos para condizer com a norma e não com a exceção. Mas as atrizes de 50 ou 55 anos não têm esse poder nas redes e sendo assim, são arredadas para o canto, voltando apenas como avós modernas.”
"As atrizes de 50 ou 55 anos não têm esse poder nas redes e, sendo assim, são arredas para o canto, voltando apenas como avós modernas"
Por tudo isto, Vicente Alves do Ó deixa um apelo: “Isto é ridículo, triste e injusto. Parem com isto! Parem!”
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