Tomás Santos, antigo ator de 'Morangos com Açúcar', da TVI, está livre depois de mais de uma década passada maioritariamente por trás das grades, fruto de crimes relacionados com a droga.

Em 2006, integrou o elenco da quarta temporada da novela juvenil ao lado de nomes como Isaac Alfaiate ou Mafalda Matos, depois de ter estado em produções como 'O Clube das Chaves' e a novela 'Fala-me de Amor', ainda jovem. Foi no ano seguinte que teve o seu primeiro problema com a Lei: na sequência de uma rixa de café, foi detido com mais três amigos com acusações de sequestro e roubo, tendo ficado apenas com termo de identidade e residência.

No final de 2013, ficou em prisão preventiva após ter sido detido, em Cascais, quando foi apanhado a transportar mais de 3900 doses de haxixe e 289 de heroína no carro. Fugiu à polícia no veículo, mas acabou mesmo por ser intercetado pelas autoridades, numa altura em que tinha uma mulher e dois filhos, um deles no carro. 

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"Era o único caminho possível para tentar equilibrar a situação financeira que tinha na altura. Tinha consciência da gravidade do crime, se calhar não pensei que iria estar tanto tempo envolvido naquilo e nunca pensei que me iria envolver tanto nesse tipo de crime. A minha ideia era: ‘Vou fazer só agora porque preciso. Assim que puder, eu paro’", relatou ao programa 'Júlia', da SIC, em 2022, em situação de liberdade condicional.

Dessa ocasião, foi condenado a uma pena de nove meses de prisão. A liberdade foi sol de pouca dura, voltando a reincidir no tráfico. Foi detido em 2015, saiu em 2017 por excesso de prisão preventiva e voltou a ser preso em 2018. "O que aconteceu é que da primeira vez não aprendi a lição. O café manteve-se aberto, com o meu pai e a minha mulher, e a situação foi-se agravando. Não aprendi à primeira, não ganhei o respeito que devia ter ganho perante o sofrimento que eu próprio passei, mas principalmente que causei aos outros. Aí sim, é que cometi o maior erro da minha vida. Voltei a traficar", afirmou, na mesma entrevista, altura em que já havia cumprido sete dos 11 anos e seis meses a que foi condenado.

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Já pai de três nesta altura, admitiu que se sente culpado por tudo o que fez: "Culpo-me a mim mesmo todos os dias, nestes sete anos. Onze anos e seis meses é uma pena alta, é verdade, mas não é a condenação que eu vou ter, é o sentimento de culpa que eu vou carregar o resto da vida. Isso não tem um limite de anos." Pelo meio, refira-se, viu o seu nome envolvido em mais um escândalo, ao ter sido apanhado em escutas a alegadamente subornar um guarda prisional.

Há dois anos, revelou que o seu sonho é poder voltar à representação. Nesta quarta-feira, dia 2, voltará a dar uma entrevista a Júlia Pinheiro, para relatar tudo o que passou. "Preso por posse e tráfico de droga, Tomás Santos está livre e numa nova fase", pode ler-se, na publicação promocional do formato.