José Mourinho foi despedido, nesta sexta-feira, do comando técnico do Fenerbahçe, clube que representava desde junho de 2024 e com o qual ainda tinha mais um ano de contrato. O emblema de Istambul anunciou a saída do setubalense através de comunicado: "Despedimo-nos de José Mourinho, que era o treinador da nossa equipa profissional de futebol A desde a época 2024-2025. Agradecemos-lhe os seus esforços pela nossa equipa e desejamos-lhe sucesso na sua futura carreira."

Este é um adeus que acontece na sequência da eliminação do Fenerbahçe da Liga dos Campeões, às mãos do Benfica, na quarta-feira. Segundo a imprensa turca, citada pelo 'Record', as indiretas enviadas por Mourinho à direção do clube pela falta de contratações a tempo de disputarem o play-off decisivo contra os encarnados acabaram por ser decisivas para que esta opção fosse tomada. Refira-se que, na temporada passada, o 'Fener' terminou na segunda posição do campeonato turco, com um registo pontual menor do que aquele que fora alcançado pelo anterior treinador.

Ler também

Lembra-se? A barracada entre José Mourinho e Jorge Jesus em público por causa de Talisca... e do Benfica

Por esta cisão ter acontecido antes do final do vínculo que o 'Special One' tinha com o clube turco, este foi forçado a desembolsar uma indemnização milionária, que, relata o 'Fanatik', se situa em cerca de 15 milhões de euros. É um valor elevado que atira o total de compensações recebidas por 'Mou' ao longo da carreira para uma quantia acima dos 100 milhões.

Por enquanto, pouco se sabe acerca do futuro de José Mourinho. Após a saída da Roma, em janeiro de 2024, o treinador aproveitou para desfrutar de um período sabático de alguns meses, tendo sido visto em vários estádios em Portugal e até no grande prémio de MotoGP, assinalando sempre a intenção de regressar ao trabalho logo nesse verão. O sadino tem sido por diversas vezes associado a um lugar na Seleção Nacional, mas as especulações acerca da saída de Roberto Martínez foram descartadas pelo presidente da FPF, Pedro Proença, na sequência da vitória na Liga das Nações.

Ler também

A história que não sabia sobre Aktürkoglu e que mudou para sempre a vida do craque que agita o jogo entre Benfica e Fenerbahçe

Entre as restantes possibilidades que têm sido analisadas pela imprensa desportiva, está também a hipótese de treinar uma equipa fora dos grandes em Inglaterra, país onde já trabalhou durante vários anos, como o próprio indiciou ter vontade em outubro do ano passado depois de um jogo frente ao ex-clube Manchester United em que se mostrou revoltado com as arbitragens nas competições europeias. O West Ham, clube londrino que tem somado maus resultados, e o Leeds, onde a situação do atual treinador Daniel Farke está periclitante há alguns meses, são portas que se podem abrir para Mourinho. O próprio Manchester United, refira-se, está numa situação difícil e a saída de Ruben Amorim já começa a ser vista como possível, sendo que recorrer ao antigo treinador é um cenário que pode eventualmente ser considerado por parte dos responsáveis.

Na perspetiva financeira, também a Arábia Saudita é um destino que estará nas cogitações de Mourinho, que, em 2023, quando ainda orientava os 'giallorossi' da capital italiana, disse que lá iria trabalhar em algum ponto da sua carreira. Um retorno a Portugal para orientar algum dos clubes nacionais parece improvável, já que, de momento, os três grandes aparentam ter a sua porta fechada a uma mudança no comando técnico: o Sporting conquistou um bicampeonato com Rui Borges, o FC Porto contratou recentemente Francesco Farioli e a situação de Bruno Lage no Benfica permanecerá estável pelo menos até às eleições em outubro próximo.

Ler também

A pensar deixar o futebol? José Mourinho aposta num novo negócio