Estrelas Rui Santos confessa pânico após doença o forçar a cortar parte da língua
Rui Santos, de 47 anos de idade, voltou a falar sobre o período delicado de saúde que atravessou, após ter sido diagnosticado com cancro na língua, cenário que anunciou ao público em maio, dois meses depois de ter recebido a notícia.
"Estava com uma afta na língua e não desapareceu durante três semanas. Já tinha tido um episódio anterior, doze anos antes, que me tinha aparecido – estava eu a ser pai do Romeu, o meu primeiro filho – uma afta que depois retirei, fiz biópsia e foi inconclusivo", disse, no podcast 'Tenho Cancro. E depois?', ao lado do Dr. Ricardo Nogueira, cirurgião do IPO
"Passados doze anos de úlceras e aftas que aparecem e desaparecem, houve uma que ficou mas eu não liguei. Pensei que ia desaparecer como as outras e não desapareceu. (…) Marquei uma consulta e decidimos fazer a biopsia. Tinha duas zonas afetadas: uma leucoplasia à frente e atrás uma degeneração de células. Retirámos os dois excertos", acrescentou o ator, que ficou conhecido pelo seu papel em 'Inspector Max', da TVI.
"Disseram-me que ia retirar um terço da língua. Fiquei mesmo com muito medo de perder a dicção"
"No dia 13 de março, foi-me diagnosticado um carcinoma à frente e atrás. O doutor disse-me que teria de fazer a excisão dessa zona, que era um carcinoma de grau 2, que afetava ambas as partes da língua, que teria provavelmente de fazer a excisão dos gânglios do pescoço, de retirar pele do braço para fazer um enxerto, para colmatar essa zona que iria sair", revelou Rui Santos.
Aí, o intérprete confessa que esta operação acabasse por ter impacto na sua profissão, dado que a língua é um dos seus instrumentos de trabalho: "Eu nessa altura fiquei em pânico porque é muita coisa a acontecer. Disseram-me que ia retirar um terço da língua. Fiquei mesmo com muito medo de perder a dicção e pronto. A partir daí a minha cabeça não parava."
No entanto, a equipa médica acabou por conseguir ajudar o ator: "Recebo um telefonema do doutor a dizer que encontrou um médico que consegue fazer isso bem, operou um cantor de ópera que continuou a cantar e recomendou-mo. A parte da frente da língua afinal não era um carcinoma, era uma displasia, fizemos só da parte da zona que estava em mutação, onde havia um crescimento de células anormais e essa zona foi retirada. Fiquei muito mais descansado."