Estrelas Big Brother: Morte e divórcio na família. O passado dramático que marcou a vida de Micael Miquelino

Na gala deste domingo do 'Big Brother', Micael Miquelino, de 24 anos de idade, mostrou a sua Curva da Vida e não conseguiu evitar as lágrimas ao recordar todo o seu percurso, desde a sua infância.

"Vivi em Corte Brique até aos quatro anos, sem casa de banho, a minha mãe dava-me banho numa pia", disse o alentejano, listando depois os sítios para onde foi viver posteriormente: primeiro Sabóia e depois São Teotónio, onde mora até hoje: "Dá-me confusão falar do meu passado, se fosse por mim nunca teria abalado de Corte Brique."

"Os meus pais nunca nos conseguiram dar tudo, davam-nos aquilo que podiam. A minha mãe sempre fez limpezas, o meu pai, desde novo, sempre foi tirador de cortiça, ele nunca teve medo do trabalho, nisso considero-me parecido com ele, porque não tenho medo de trabalho nenhum", acrescentou.

"O meu avô, o tio Joaquim, sempre foi agricultor. (...) É um objetivo que tenho de vida: comprar o monte do meu avô e dar-lhe novamente vida. Ele sempre foi especial, e faleceu a 24 de dezembro de 2020. Desde esta data, nunca mais senti nenhum Natal", referiu Micael.

"O Natal era tudo em família, porque tenho uma família grande, os meus tios tanto paterno como materno eram sempre unidos e, neste momento, parece que estão a dividir-se: antes era uma casa cheia de alegria, éramos sempre muitos. Chegámos a estar 40, e desses 40, passamos a ser quatro, por causa da separação dos meus pais, em 2015", continuou.

O concorrente elaborou acerca deste ponto crucial da sua vida: "Nunca esperei, era um casal que nunca pensariam que se iriam separar. Disseram-me que se iam separar, que ia ser melhor para os dois, então fizeram essa decisão. A partir daqui comecei a sair à noite, a fumar, a beber e, nesta altura, dei muitas chatices à minha mãe. Era miúdo, tinha 15 anos, se fosse preciso chegava às duas ou três da manhã."

Micael fala ainda de uma decisão que tomou e lhe causa arrependimento: "Fui morar com o meu pai, a decisão foi minha, hoje que já tenho uma certa idade e vou pensando na vida, que estive meses sem falar com a minha mãe." Depois de revelar que considerou que a culpa da cisão foi da progenitora, o alentejano sublinhou: "Acho que a melhor coisa que tenho na vida é a minha mãe, ela percebeu que foi uma situação de jovem, sei que ela hoje sabe que ela para mim é a melhor coisa que tenho na minha vida."

No final, acabou por mostrar-se feliz pelo percurso mais recente: "Em 2020, arrisquei a começar a trabalhar por contra própria, trabalhava cinco dias por semana numa empresa e dois dias por semana a fazer os meus trabalhos. Houve meses e meses sem descansar um dia. Em 2024, consegui comprar o meu primeiro trator: mais um objetivo concluído, e sinto-me orgulhoso."