Anita Guerreiro morreu neste domingo, 7 de dezembro, aos 89 anos de idade, causando um lamento generalizado na comunidade artística. Em 2023, já na Casa do Artista, a fadista e atriz deu uma entrevista a Manuel Luís Goucha, na TVI, em que revelou os seus desejos para as últimas horas de vida.

Questionada pelo apresentador se temia o fim, Anita afirmou: "Talvez. Peço muito é para não reconhecer o fim, chegar ali e ficar. Peço a Deus para me levar mas não me fazer sofrer." Crente em Deus, a artista confidenciou com quem apreciaria reunir-se no além: "Gostaria de encontrar a minha mãe e o meu pai. O que diria, sei lá? Morríamos era as duas outra vez [risos]."

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Sobre como gostaria de ser relembrada, a resposta foi rápida: "Quero ser recordada como uma boa rapariga. Acho que sou uma, e não estou a dizer isto com vaidade. Desde o momento que não faço mal a ninguém, e, felizmente, sempre que posso, ajudo alguém, não tenho remorsos na minha vida para nada."

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Manuel Luís Goucha foi, de resto, uma das pessoas que demonstrou consternação pelo desaparecimento da intérprete. "Era tão poderosa a sua voz, e isto não é do meu tempo, é de uma geração anterior, quando se faziam revistas no Coliseu dos Recreios. Há uma muito célebre que é ‘Fonte Luminosa’. Anita Guerreiro e Fernanda Baptista, que eram inseparáveis, cantavam sem microfone e a sua voz ouvia-se lá em cima, no chamado galinheiro. Portanto, parabéns e obrigado, Anita", afirmou em direto, no programa 'Funtástico'.