Estrelas Império de Balsemão em risco. As incertezas e as preocupações em torno do mais novo do clã, Francisco Pedro, e quanto está em jogo
Francisco Pinto Balsemão partiu ainda com o grupo Impresa nas suas mãos, mas com a consciência de que não seria possível mantê-lo por muito mais tempo em família, sendo que a questão que se impõe após a sua morte é: ‘e agora?’. A sensação de fim do império há muito que se agiganta, com as contas da dona da SIC e do semanário ‘Expresso’ a tornarem-se num pesadelo quase impossível de sustentar. A confirmação, há cerca de um mês, de que decorriam negociações com a família de Sílvio Berlusconi para a venda de uma “participação relevante” da empresa apenas revelou aquilo que há muito que se sabia: a Impresa precisava de uma solução rápida para contrariar a curva descendente em que mergulhou – só no ano passado registou um prejuízo de 66,2 milhões de euros. A concretizar-se o negócio, este significa uma mudança de mãos do poder e, de alguma maneira, uma mácula no império começado por Francisco Pinto Balsemão e que, de alguma forma, passa a extrapolar o domínio da família. Uma incógnita é o que acontecerá a Francisco Pedro, o filho mais novo, que assumiu o legado do pai e que foi subindo na estrutura da Impresa até chegar a CEO, e também aos outros filhos, alguns deles com posições na SIC.
Em cima da mesa está o tema do testamento, a ser dividido pelos seus seis herdeiros – a última mulher, Mercedes, mais conhecida por Tita, e os cinco filhos, Mónica, Henrique, Francisco Maria, Joana e Francisco Pedro. Não é completamente claro quanto o fundador da SIC lhes deixa, mas o valor rondará os 40 milhões de euros, num património que se divide entre aplicações financeiras, contas bancárias e imóveis, o mais luxuoso a casa da família, na exclusiva Quinta da Marinha, em Cascais.
Uma notícia para ler na íntegra na edição desta semana da revista TV Guia.