Estrelas O inferno que Cláudio Viana passou no aeroporto da Colômbia: preso, com frio, sem autorização para comer e com medo de ser deportado
Cláudio Viana passou a madrugada desta segunda-feira detido na zona migratória do Aeroporto El Dorado, em Bogotá, na Colômbia, e relatou todo o processo, para além da carta que endereçou ao filho.
Nas primeiras stories que colocou, comunicou que o seu plano era o de ligar à embaixada portuguesa, mas esta noite ter-se-á prolongado por mais tempo do que esperava. "Mexicanos, venezuelanos, dominicanos, coreanos, todos à espera para serem deportados sem hora e data prevista", escreveu, após se aperceber de toda a dimensão da situação onde se viu envolvido.
Depois, exibiu a máquina dispensadora de comida, que afirma ter sido o seu único método para se alimentar durante este tempo. Mostrou também uma conversa com um dos elementos de segurança do espaço, na qual protestou acerca do frio e lhe foi dito que nada podia ser feito. "Então, quem não tem mantas, vai passar frio?", perguntou, recebendo um seco "sim".
As denúncias de Cláudio continuaram, exibindo um caso de uma pessoa que não podia comer por apenas ter dólares ao invés de pesos colombianos, a única moeda aceite. De seguida, voltou a apresentar a situação de uma das outras pessoas no espaço que adoeceu por não conseguir comer e a quem depois lhe foi dada aspirina em vez de amoxicilina.
"A senhora disse que às 23:30 podia comer, mas vejam o quanto me ignoram. Os restantes não conseguem dizer nada porque ou não sabem o idioma ou têm medo... o que é normal", escreveu, dizendo: "Queria comer mas a porta está fechada ali. Parece que somos criminosos."
À meia-noite, contudo, finalmente abriram as portas para que Cláudio e os restantes indivíduos pudessem comer: "Desde as 8 da manhã que não como nada... Depois de ter feito um 'show', abriram a porta. (...) Estou no lodo, estou mesmo a tremer. Não sei se é do frio, mas estou a tremer."
Às 2:44, exibiu-se a tentar adormecer, com uma bandana a tapar parte da cara. "Só assim mesmo para dormir, estas luzes fazem-me lembrar a 'Casa dos Segredos'", disse. No entanto, não resultou: "Estou mesmo amassado, mas não tenho sono."
Agora, nesta segunda-feira, às já 12:37 locais, voltou a providenciar uma atualização, revelando que continua preso no mesmo local, onde pernoitou, mas agora numa situação ainda pior, já que ficou privado do seu telemóvel, o mesmo que utilizou para, ao longo da noite, denunciar as situações que foram acontecendo no local.

"A equipa da migração da Colômbia foi buscar-me à sala por volta das 7:30 da manhã e de seguida afirmaram que me iam ajudar, mas tiraram-me o telemóvel e disseram-me para aguardar sentado que iam tratar do meu voo para Portugal. Entretanto, pedi para dormir noutra sala que eles têm aqui (porque não consegui dormir durante a noite)", explicou o ex-'Casa dos Segredos', num comunicado nas redes sociais.