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Sara Correia
1/8 - Foto : RTP Sara Correia
Sara Correia
2/8 - Foto : Ricardo Ruella Sara Correia
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3/8 - Foto : Ricardo Ruella Sara Correia
Sara Correia, Nininho Vaz Mais, Sónia Tavares, Fernando Daniel
4/8 - Foto : RTP Sara Correia, Nininho Vaz Mais, Sónia Tavares, Fernando Daniel
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5/8 - Foto : José Sena Goulão/Lusa/EPA Sara Correia
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6/8 Sara Correia
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7/8 - Foto : João Pintassilgo Sara Correia
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8/8 - Foto : Ricardo Meireles/Sábado Sara Correia

Estrelas O passado dramático de Sara Correia, que faz sucesso no 'The Voice': o abandono do pai, as dificuldades financeiras e a mãe que passou fome pelos filhos

07 de Novembro de 2024 às 20:47
Produto do bairro de Chelas, em Lisboa, a fadista e mentora do 'The Voice' abriu o jogo acerca da fase mais difícil da sua vida
seguir:
Afonso Coelho
Sara Correia
Fadista
The Voice Portugal
Abandono
RTP1

Sara Correia, de 31 anos de idade, é hoje um dos nomes mais incontornáveis da música portuguesa, mais concretamente do fado, género musical que "herdou" da sua família, já que a tia é a também fadista Joana Correia, e que a acompanha desde tenríssima idade, para além da sua presença televisiva enquanto mentora do 'The Voice Portugal', da RTP1.

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Para chegar aqui, no entanto, teve de ultrapassar uma infância muito difícil. Aos 10 anos, o seu pai saiu de casa, deixando-a a viver só com a mãe e o seu irmão, com parcos recursos à sua disposição, etapa da sua existência da qual se recorda até aos dias de hoje. "A minha mãe só estava a contar que eu viesse ao mundo e entretanto teve o meu irmão. Eles dividiram o quarto da minha mãe com o meu e havia só uma parede de pladur. Eu ouvi o meu pai a dizer que se ia embora. Achei que era um sonho. No dia a seguir, a minha mãe acorda de manhã e vem ter comigo e diz: 'O teu pai foi-se embora'", recordou, na sua entrevista ao 'Alta Definição', da SIC.

De seguida, Sara Correia acrescentou: "Acho que a minha revolta vem disso. O que é que eu fiz de mal? Não fiz nada, nem pedi para vir ao mundo. Naquele momento, estava no limbo. A minha mãe ficou muito doente, chegou a pesar 43 quilos. Foi um momento muito difícil da minha vida, ela tinha 30 anos. (...) A superação relativamente à minha mãe, ter um irmão mais novo e querer que ele vingue na vida e não lhe faltasse nada e não faltasse nada à minha mãe e a mim. A superação de sermos três num. Ainda hoje, penso muito nisso quando canto."

A cantora relata também os sacrifícios que a sua mãe fez pelos filhos, e como isso impactou na sua arte: "Houve dias em que a minha mãe deixou de comer para nos dar a nós. Eu já tinha alguma noção, porque já tinha 10 anos e sofri algumas coisas em conjunto com a minha mãe. Daí, o meu fado já ser muito sentido com essa idade. Todas essas coisas alimentaram o meu canto. Acho que se não fosse dessa maneira, a minha voz não tinha tanta mágoa, dor e histórias para contar."

"Comecei a cantar para ajudar quem me rodeava e para me ajudar a mim própria a não seguir por caminhos que não interessavam"

sara correia
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Foi, de facto, este estado de coisas que a motivou a começar a cantar. "A separação dos meus pais, a minha mãe viver sozinha comigo e com o meu irmão e ter dois e três trabalhos para nos sustentar, foi um processo muito difícil. Comecei a cantar para ajudar quem me rodeava e para me ajudar a mim própria a não seguir por caminhos que não interessavam. Foi um processo muito difícil mas ao qual agradeço porque vivi coisas muito cedo que hoje não quero passar mais por elas", disse.

Começou a percorrer as casas de fado e, com apenas 13 anos, venceu o Grande Prémio do Fado, galardão que já havia sido conquistado pela tia. Afirmou, em declarações à Comunidade Cultura e Arte, ter cantado "sete dias por semana, durante 15 anos". Ademais, disse, numa outra entrevista à Fnac: "Saí de casa cedo para poder estar perto das casas de fado. Cheguei a fazer cinco ou seis casas de fados por noite, chegava a cantar 40 fados."

Ser oriunda do bairro de Chelas, em Lisboa, que frequentemente é associado a imagens menos positivas, foi algo que lhe deu ainda mais motivação para singrar na música. No podcast 'Posto Emissor', da Blitz, afirmou ter sentido este estigma: "Nunca diretamente. Indiretamente. As pessoas têm sempre este estigma que quem vem dos bairros, e não falo só de Chelas, que são pessoas que têm de aprender a falar, a estar e que não têm maneiras. Eu não concordo com isso. (…) Indiretamente sentia que não acreditavam em mim. Por incrível que pareça, isso só me deu mais força."

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É, também, por isso que inclui esta vertente na sua música, nomeadamente no tema 'Chelas', que até foi escrito por Carolina Deslandes: "Queria mostrar também que Chelas não é só o que as pessoas dizem. Vivo lá há 30 anos e nunca ouvi tiros. Não há roubos de uma forma que seja uma loucura, que é o que as pessoas pensam."

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