Estrelas Prejuízos, bullying e grupos extremistas. Anjos justificam valor milionário do processo contra Joana Marques: "Estamos à espera que aconteça uma tragédia?"
Os Anjos já se prepararam para ir a tribunal contra Joana Marques, no caso que envolve o vídeo em que a humorista fez referência à interpretação dos irmãos Rosado do hino nacional antes do Grande Prémio do MotoGP, no Autódromo Internacional do Algarve, em 2022. Os cantores alegam que os impactos negativos do vídeo foram para além de uma simples publicação de humor, situação que potencia o valor de mais de um milhão de euros pedido pela dupla.
Inicialmente, os Anjos referiram, no 'Dois às 10', da TVI que o vídeo levou a que não fossem agendados vários concertos, inclusive nas comunidades lusófonas além-fronteiras, situação que terá causado prejuízos financeiros, segundo os próprios. Para além disso, argumentam que foram alvo de múltiplas ameaças. "Sentimos uma onda de ódio e um discurso de cyberbullying que só ouvíamos dos outros, desde ameaças de morte a nós e aos nossos", contam.
O caso, contudo, não fica por aqui, de acordo com os intérpretes. "A minha filha, na altura de nove anos, sofreu bullying na escola com os colegas", disse Sérgio Rosado. Nelson desenvolveu: "O vídeo da Joana Marques é o único em que não aparecemos a cantar o hino na sua totalidade. Somos músicos, não estávamos a cantar uma música dos Anjos ou do Carlos Paião, estávamos a cantar um símbolo nacional. Há partes da interpretação da nossa canção que não existem no vídeo da Joana Marques e fomos acusados por grupos provavelmente ligados à extrema-direita e nacionalistas e que levam aquilo a sério."
Depois, Sérgio frisou: "O número é muito grande, mas são quatro autores: eu e o Nelson e duas empresas." Nelson adiu: "Há pessoas que estão à espera que essas empresas resolvam connosco este diferendo absolutamente lamentável, contra a qual jamais queríamos chegar, fomos obrigados a chegar aqui, para serem ressarcidas depois de dois anos e meio."
"Roadies, músicos, técnicos, runners, staff de produção, pessoas importantíssimas da nossa equipa que montam palcos e estruturas. Esta gente foi verdadeiramente prejudicada. E não foi fácil gerir os ânimos de toda a nossa equipa, porque são pessoas algumas delas bastante humildes e rudes", sublinhou.
Posteriormente, a indignação que sentia levou Nelson Rosado a meter na mesa um cenário mais extremo: "Estamos à espera que aconteça o quê, uma tragédia um dia destes? Que alguém se suicide por ser vítima de bullying?" Cláudio Ramos contestou este ponto de vista: "Acho que isso é um exagero. (...) Não podemos dizer na televisão que alguém se pode matar porque de repente existiu um vídeo…" Nelson interrompeu o apresentador: "...que arruinou a carreira?"
"Estamos à espera que aconteça o quê, uma tragédia um dia destes? Que alguém se suicide por ser vítima de bullying?"
O cantor continuou: "Se eu passo uma informação que está ela própria manipulada, adulterada, e vai fazer-me ganhar com isso, prejudicando outros, quando estes tentam explicar de uma forma cordial o que está a acontecer... (...) Seis meses depois caímos no chão quando soubemos que nos espetáculos do 'Extremamente Desagradável' era usada uma parte do vídeo e eramos ridicularizados uma vez mais, seis meses depois, quando a pessoa foi avisada que nos tinha causado danos, porque as cartas registadas foram clarinhas."