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Francesco Farioli, treinador do FC Porto
1/6 - Foto : José Gageiro/Movephoto Francesco Farioli, treinador do FC Porto
Francesco Farioli, treinador do FC Porto
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Francesco Farioli, treinador do FC Porto
3/6 Francesco Farioli, treinador do FC Porto
Francesco Farioli chega ao Porto com a família após polémica no nascimento dos filhos
4/6 - Foto : José Gageiro/Movephoto Francesco Farioli chega ao Porto com a família após polémica no nascimento dos filhos
Farioli, novo treinador do FC Porto, enfrenta polémica familiar com a esposa Agata Alonzo
5/6 Farioli, novo treinador do FC Porto, enfrenta polémica familiar com a esposa Agata Alonzo
Farioli, novo treinador do FC Porto, com Agata Alonzo e os filhos no Estádio do Dragão
6/6 Farioli, novo treinador do FC Porto, com Agata Alonzo e os filhos no Estádio do Dragão

Estrelas Como Francesco Farioli foi de um sonho destruído ao topo do futebol: as desilusões e paixões do treinador do FC Porto

30 de Agosto de 2025 às 18:30
Não foi pelo caminho mais batido que o italiano alcançou um lugar no mais alto nível do desporto-rei: eis a história do homem que pretende guiar os dragões de volta ao título
seguir:
Afonso Coelho
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Francesco Farioli enfrenta, neste sábado, o seu primeiro grande desafio enquanto treinador do FC Porto, quando, em Alvalade, tiver pela frente o bicampeão Sporting. Desafios, contudo, não são uma novidade para o treinador italiano de 36 anos que chegou aos dragões neste verão: aliás, o seu percurso até ao estrelato é marcado por um conjunto de improbabilidades.

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Nascido em Barga, localidade na Toscânia com cerca de dez mil habitantes, Farioli não tinha medo de sonhar alto. Jogava futebol, enquanto guarda-redes, e acreditava que um dia iria estar entre os postes de uma equipa na principal liga italiana. Foi, precisamente, quando lhe disseram que tal não iria acontecer, que, não obstante o sentimento de desilusão, começou uma caminhada muito incomum.

O “culpado” foi Paolo Galardi, que para além de tatuador era então um treinador de guarda-redes nas divisões inferiores italianas com quem se cruzou no Tau Altopascio. “Disse-lhe claramente: ‘Francesco, não tens estrutura para jogar na Serie A. Porque não fazes um percurso diferente e vens treinar comigo?’ Ele ficou desiludido e se calhar odiou-me durante algumas semanas”, confessou, entrevistado para um artigo da ‘Gazzetta dello Sport’. Quando foi contactado pela ‘’ após ser apresentado no clube da Invicta, transmitiu esta mesma mensagem: “Com menos de 1,90m é difícil. Perguntei-lhe se não queria usar o seu tempo e talento para ser treinador.”

Para além do desporto-rei, a grande paixão de Farioli sempre foi a Filosofia, ao ponto de, aos 17 anos, se ter inscrito num curso na Universidade de Florença. Na altura de escrever a tese, e mesmo sob algum ceticismo do professor Sergio Givone, decidiu unir estes dois interesses, debruçando-se sobre “a estética do futebol e o papel do guarda-redes”.

Nela, fala de como Jean-Paul Sartre via o futebol como uma “metáfora para a vida”, de como nos guarda-redes se encontram as três fases da vida de Soren Kierkegaard –estética, ética e religiosa – ou uma analogia entre o “microcosmo de representação” de um estádio e a ideia avançada por Thomas Hobbes sobre como nasce um Estado. Fala ainda de como José Mourinho e outros grandes nomes dos bancos são mais do que treinadores, sendo também “filósofos, estetas e idealistas de um futebol novo, mesmo se interpretados com esquemas e princípios diametralmente opostos”.

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A história de como conheceu Roberto de Zerbi, atual treinador do Marselha e o homem que o levou até ao futebol de topo, tem duas versões públicas. Numa, explanada no supramencionado artigo da ‘Gazzetta dello Sport’, tudo começou na apresentação da sua tese, onde ao lado do professor Givone estava Sandro Pagnini, no papel de segundo relator. Quando um amigo deste pediu um nome para que discursasse no Centro Técnico de Coverciano, sede técnica da Federação Italiana de Futebol, apontou o nome de Farioli. E durante esta apresentação, De Zerbi era um dos que estavam entre o público. Noutra versão, aquele que se tornaria no seu mentor no alto nível leu uma obra que havia publicado na plataforma Wyscout, ficando impressionado com as ideias demonstradas.

O que é factual é que De Zerbi chamaria Farioli para ser o seu treinador de guarda-redes no Benevento, ele que já havia estado na reputada Academia Aspire no Qatar. Daí seguiu-se o Sassuolo e um convite da Turquia para ser adjunto num clube da primeira divisão. Saltou para o papel de treinador principal e após passagens por dois clubes foi visto pelo Nice, de França, como o técnico certo para levar o emblema da Riviera para o próximo nível. Uma época depois foi contratado pelo Ajax, gigante dos Países Baixos, onde uma temporada promissora acabou em “tragédia”, com um título perdido de forma chocante nas últimas jornadas.

Esse fator não atemorizou André Villas-Boas que viu no italiano a peça que faltava no seu puzzle para devolver os azuis e brancos aos tempos de glória e lhe providenciou com as ferramentas necessárias no mercado para materializar esta árdua missão.

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