Estrelas "Acordei com medo de morrer". O inferno de Joana Gonçalves na luta contra o cancro
Foi em janeiro deste ano que a influenciadora digital Joana Gonçalves foi diagnosticada com um cancro da mama, tendo partilhado as várias fases desta dura batalha.
"Cancro da mama - triplo negativo, é o diagnóstico que ninguém quer receber. Eu recebi. Faz hoje 13 dias que no banho senti um caroço na mama direita, dia seguinte estava a ser vista pela amiga Catarina Castro e os exames seguiram-se rapidamente", declarou, nas redes sociais, acrescentando: "Agora, com o plano de ataque definido, vou dar início a esta luta. Com a certeza de que vou chegar vitoriosa ao final."
Na altura, foi apoiada por múltiplas figuras públicas, como Sofia Ribeiro, Joana Cruz (que também lutaram contra doenças oncológicas), Vanessa Oliveira ou Mariana Monteiro. O seu grande apoio foi o companheiro, Luís Pedro Nunes, comentador de 'Eixo do Mal', da SIC Notícias, e de 'Irritações', da SIC Radical, que admitiu inicialmente que não estavam preparados para esta notícia sempre complicada.
Joana Gonçalves começou depois o tratamento com quimioterapia, que teve de parar temporariamente, em março, por culpa de uma hepatite: "Hoje já tive luz verde para retomar as drogas que me curam o cancro. Sexta volto a elas e para o mês que vem devo começar a desinchar e a reconhecer-me ao espelho."
Passados sete meses do diagnóstico, mais concretamente em agosto, Joana anunciou que o primeiro duelo havia sido ganho: "Ontem foi um dia que compensou os maus dias desde 14 de janeiro. Porque não houve um dia verdadeiramente bom – não há como haver quando sentimos uma espada sobre a cabeça. Há dias menos maus, momentos em que nos esquecemos do que temos e conseguimos sorrir, mas a incerteza no futuro está sempre presente. Não há nada de bom no cancro e não aprendi nenhuma lição, já aproveitava muito a vida antes, já dava valor aos momentos de enorme felicidade que, privilegiadamente, tinha tido. Ninguém quer passar por isto; é doloroso e solitário."
"Não houve um dia verdadeiramente bom – não há como haver quando sentimos uma espada sobre a cabeça"
"Não fui guerreira; não lutei por nada. O meu corpo decidiu lutar contra ele próprio, e eu limitei-me a tentar aguentar o processo e sobreviver nas mãos da ciência. Em casos de cancro, nada está ganho. Não sei se terei ou não uma recidiva, mas há algo que sei: tive médicas, enfermeiras e auxiliares extraordinárias", completou.
Nesta terça-feira, dia 9, irá estar no programa 'Goucha', da TVI, para providenciar mais detalhes. No 'teaser', declara: "Nunca imaginei passar por isto. Uma semana depois de ter o diagnóstico, antes de começar a quimioterapia, houve um dia que acordei às cinco da manhã com uma brutal insónia com medo de morrer. (...) O cancro foi um percalço que dispensava completamente na minha vida. É horrível, é um pesadelo passar por isto. Só aprendi dor, sofrimento e angústia, que não tinha. Foram tudo aprendizagens negativas."