Laura Dutra foi mais uma das atrizes portuguesas a internacionalizar-se, integrando o elenco da série 'Vermelho Sangue', da Globoplay, no papel de Celina, que irá continuar a desempenhar na segunda temporada. A atriz de 27 anos foi questionada no podcast 'Geração 90', de Júlia Palha, sobre as diferenças que encontrou no Brasil em relação ao trabalho em Portugal e não teve dúvidas a apontar a principal.

"É o dinheiro. Nós conseguimos fazer muita coisa com poucos recursos, nós não temos muitos subsídios, muito investimento e ainda assim acho que fazemos trabalhos com muita qualidade", referiu a irmã de Lucas Dutra, que também estava presente.

"Quando o dinheiro não é impedimento para se sonhar numa produção, não há limites. (...) Não há limitações, temos muito tempo para ensaiar, temos aulas de corpo, de voz, temos muitos ensaios de direção. Lá, faz-se quatro cenas num dia e fazer seis é uma loucura. Para nós, seis num dia é perguntarmo-nos o que se passa", acrescentou, com Júlia Palha a agregar: "Seis cenas é o nosso pequeno-almoço. Às onze da manhã, já fizemos seis."

De seguida, a estrela de 'A Herança', da SIC, adiantou mais uma divergência em relação à indústria em Portugal: "Há uma confiança maior no teu trabalho, se te escolhem é porque confiam em ti. Tudo o que apresentares, mesmo que não seja aceite depois, é bem recebido. Cá, há muito o receio de 'vais fazer essa personagem assim? vê se consegues', antes de sequer ser tentada. Lá, efetivamente, há uma ideia que é partilhada com toda a gente, há um ensaio sobre essa ideia e depois logo se vê se se vai usar isso para a personagem."

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"Essa liberdade e essa confiança é das coisas que acabei por sentir que havia mais diferença do trabalho daqui, para além do dinheiro", completou.

Anteriormente, Laura Dutra havia dito como conseguiu a oportunidade no estrangeiro, que havia ambicionado: "Mandei mails a imensos diretores de elenco e agentes brasileiros e foi o que resultou, não tive resposta de dez e houve três que quiseram marcar uma reunião comigo via Zoom. (...) A partir daí, surgiu o casting para o 'Vermelho Sangue'. A personagem que tinha de falar em inglês, não era brasileira e isso abriu as portas a um leque maior, foi através do casting em inglês que acabei por ficar. A personagem era romena, as autoras descobriram que eu era portuguesa e reverteram a história, por isso, na segunda temporada teremos a representação do terremoto de 1755."

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