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Renato Duarte, Susana Dias Ramos, Manuel Luis Goucha, Arrumadinho, Dilema
10/12 - Foto : TVI Renato Duarte, Susana Dias Ramos, Manuel Luis Goucha, Arrumadinho, Dilema
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Dilema A história de Renato Duarte, infiltrado do 'Dilema': nunca conheceu o pai biológico e a juventude marcada pela "vergonha" de ser homossexual

03 de Setembro de 2024 às 16:05
Está há quase 15 anos na Renascença, mas as portas da televisão voltaram a abrir-se com o programa de Manuel Luís Goucha
seguir:
Renato Duarte
Dilema
Infiltrado
Homossexualidade
TVI

Renato Duarte, de 36 anos de idade, ganhou uma nova popularidade na televisão, ao assumir o papel de infiltrado no reality show ‘Dilema’, da TVI. No entanto, já tem um longo percurso, nomeadamente na rádio, onde se tornou numa das principais vozes da Rádio Renascença. Depois de ter estudado Comunicação na Universidade Nova de Lisboa, estagiou no jornal ‘Público’ e trocou a escrita pela televisão, ao ter conseguido um lugar vago no programa ‘Câmara Clara’, da RTP2, após recomendação de um professor universitário.

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Voltou a enveredar por um novo caminho quando, da informação passou para o entretenimento, na Renascença, onde está desde 2010. Atualmente, faz parte do lote de apresentadores do programa ‘T3’, com Filipa Galrão e Daniel Leitão, marido de Joana Marques. Fora dos meios de comunicação, teve tempo para explorar a sua veia de empreendedor, integrando a equipa de fundadores da Spoonful, projeto de entrega de refeições saudáveis de porta em porta.

No teaser lançado da sua entrevista no programa ‘Goucha’, desta terça-feira, o repórter de rádio abriu o jogo em relação à sua infância: “A minha mãe era muito jovem quando engravidou de mim. Os meus tios-avós resolveram levar-me para casa deles durante algum tempo até que a minha mãe conseguisse organizar a vida dela.”

Ficou, contudo, um ponto de interrogação na sua vida: “Eu nunca conheci o meu pai biológico. E lembro-me perfeitamente que isso era uma coisa muito simples de perceber naquela altura para mim, porque tinha uma figura paterna, amor e acompanhamento. Quando comecei a crescer e a pensar no que isso significa é que isso se tornou mais complexo de entender e aceitar.”

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Falara, em 2023, de como foi a sua experiência de descobrir que é homossexual, no podcast ‘Vale a Pena’, de Mariana Alvim, com base numa recomendação de leitura, ‘The Velvet Rage’. “É um livro que já ofereci a muitos amigos meus. O autor, Alan Downs, é um psicólogo gay, não interessa se ele próprio é, mas a carreira dele foi feita a acompanhar homens homossexuais. Este livro mudou a minha vida. Eu sou gay, já recomendei a amigos meus que também são", começa por dizer.

“Ele fala sobre uma experiência com a qual eu e pessoas nas minhas circunstâncias com este traço de identidade se identificam imediatamente. Tendo em conta que é um traço vivido de forma solitária durante tanto tempo. É libertador e bonito ler histórias que podiam ser a nossa história. (…) Já tentei explicar muitas vezes a pessoas que não passaram por isto, o que é a vergonha de se ser quem se é, e de guardar um segredo que achamos que, se for descoberto, vai destruir a nossa vida por completo”, acrescentou.

"Já tentei explicar muitas vezes a pessoas que não passaram por isto, o que é a vergonha de se ser quem se é"

RENATO DUARTE
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“A primeira vez que alguém me chamou ‘maricas’, eu tinha sete anos e estavam a chamar-me uma coisa que não sabia o que era, mas já sabia que era má. E por volta dos 12, 13, perceberes que és mesmo aquilo e que és uma coisa que não devias ser e isso torna-se um segredo. (…) Carregamos para a vida toda o trauma dessa vergonha”, disse, antes de adir: “Lembro-me de estar ao espelho a tentar perceber em mim entre os gestos que fazia, a roupa que vestia, a forma como penteava o cabelo, até que ponto isso denunciava que eu era homossexual. No meu caso, foi com cerca de 21 anos que fiz o ‘coming out’ e pensei que tinha de tirar essas camadas todas e ter de desconstruir os traumas para poder ser feliz.”

Um dos seus grandes traços de caráter, confessa, é ser um “regador de amizades e pessoas”. “Na vida, há quem seja o jardim e quem seja o jardineiro, e eu sou o jardineiro”, disse no podcast do ‘Curto Circuito’, em abril.

À chegada ao ‘Dilema’, reconheceu, em entrevista à ‘Magg’, estar “a viver o sonho”. Com quase década e meia aos microfones da emissora católica, antevê reabrir o leque de possibilidades para o que aí vem: “Tenho essa perspetiva de futuro, a olhar para a frente e a imaginar-me parte da estratégia da Renascença. Mas abriu-se aqui esta janela de oportunidade. (…) Esta oportunidade parece-me interessante para conseguir chegar a mais pessoas. O futuro imagino-o dessa forma: a fazer aquilo que estou a fazer, mas cada vez melhor, claro, e a continuar a ter oportunidades interessantes como esta que aqui me surgiu.”

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