Vasco Pereira Coutinho começou a ganhar popularidade pela sua personagem Tia Bli, que interpretou nos Globos de Ouro, e que é presença frequente nos 'feeds' de Instagram dos portugueses: a sua página tem mais de 120 mil seguidores.

Mas a história do humorista e influenciador digital é complexa. Após concluir a licenciatura, dedicou-se à sua faceta enquanto católico e foi para o seminário, em Roma. Por Itália permaneceu, a trabalhar com pessoas com deficiência, em Carpi, na região da Emília-Romanha.

Em 2024, numa entrevista à 'Sábado', refere que esta experiência lhe "devolveu a vida", afirmando: "Era um lugar de amor, de entrega, onde tudo se vivia à flor da pele e toda a gente se tratava bem." Noutras declarações, ao 'Público', descreveu: "O sítio mais bonito da cooperativa era a casa onde estavam as pessoas com as deficiências mais profundas, que são muitas vezes marginalizadas e colocadas em sítios feios."

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Mas a sua "missão" não ficou por aqui. Quando voltou para Portugal, foi terapeuta de toxicodepentes, na comunidade Vale de Acór. Na altura, o humor já era uma ferramenta "para chegar mais facilmente às pessoas".

Foi apenas durante a pandemia que mudou a sua vida e optou por seguir a representação, naquele que foi um regresso às artes – antes de Itália, tentou entrar no conservatório, mas não conseguiu. Completou o curso de Teatro, que se juntava ao de Comunicação e Marketing, que também já havia tirado.

Não foi nos grandes ecrãs que teve o maior êxito, mas sim, nos mais pequenos, não os da televisão, os mesmo pequenos, dos telemóveis. Começou a gravar os vídeos que depois se tornaram virais e o resto, como se diz, é história.

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